Homo academicus: as africanidades e afrodescendências nos cursos de História da UFPI e UESPI
DOI:
https://doi.org/10.12957/transversos.2018.35658Palavras-chave:
, História, Ensino, Currículo, Cultura Afro-BrasileiraResumo
A implementação de uma lei voltada para a reformulação do currículo na contemporaneidade revela as evidências materiais do processo histórico-acontecimental de inclusão e exclusão dos atores sociais a constituírem a população nacional nas narrativas sobre a formação da nação e do povo brasileiro com suas identificações, coletividades e representações. Deste modo, este artigo se propõe a refletir, a partir da obrigatoriedade das 10639/2003 e 11645/2008, e com base nos currículos da UFPI e UESPI, em que medida estas instituições, que são os dois principais centros de pesquisa e ensino do Estado do Piauí, foram capazes de trazer ao centro da formação dos professores de História os conteúdos da História e à Cultura Afro-Brasileiras, possibilitando à saída da carência de orientação (RÜSEN, 2001), no que se refere às africanidade, afro-brasilidade e afrodescendências contribuindo para a valorização da diversidade étnico-racial.
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