VARIAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL NA QUALIDADE DO HABITAT BASEADO NO MODELO INVEST: UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DO RIO GRANDE (RS)

Débora Vitória Kucharski Nascimento; Júlia Nyland do Amaral Ribeiro

doi:10.12957/tamoios.2025.75324

Autores

Débora Vitória Kucharski Nascimento Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Rio Grande
Júlia Nyland do Amaral Ribeiro Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, SC, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.12957/tamoios.2025.75324

Resumo

A qualidade do habitat se refere a capacidade do ecossistema em fornecer benefícios à população. Em consequência às atividades antrópicas, essa qualidade é afetada, prejudicando a provisão dos serviços ecossistêmicos. Para tanto, objetiva-se demonstrar como as mudanças no uso e cobertura do solo podem alterar a qualidade dos habitats do município do Rio Grande (RS). Assim, para identificá-las, realizou-se uma classificação de uso e cobertura do solo para os anos de 2013 e 2021. Para estimar a qualidade do habitat foi utilizado o modelo Qualidade do Habitat do software InVEST, considerando cinco ameaças/estressores aos habitats naturais e foram definidos quatro habitats naturais para a aplicação do modelo. Através das análises do uso e cobertura do solo, constatou-se que as classes consideradas habitats naturais diminuíram sua área de ocupação, enquanto aumentou as classes consideradas atividades humanas/antrópica, como as Áreas Construídas, Solo Exposto, Silvicultura e Agricultura. Ao fazer as análises sobre os mapas de qualidade e degradação do habitat, resultados do modelo InVEST, percebeu-se que, em 2021, os habitats tiveram perda de sua qualidade e um aumento da degradação. Portanto, os resultados dessa pesquisa reforçam a associação entre as mudanças na qualidade dos habitats e no uso e cobertura do solo.

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Biografia do Autor

Débora Vitória Kucharski Nascimento, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Rio Grande

Técnica em Geoprocessamento pelo Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia - campus Rio Grande, onde participou do projeto Construção de um banco de dados das notificações dos casos de Tuberculose no Brasil: uma contribuição para a construção de políticas públicas em saúde e do programa de extensão Geotecnologias na Gestão Municipal. Em 2022, atuou como estagiária na Secretaria Municipal de Zeladoria da Cidade (SMZC). Possui experiência nos softwares QGIS, ArcGIS, Google Earth Engine, InVEST, AutoCAD e Excel.

Júlia Nyland do Amaral Ribeiro, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, SC, Brasil.

Graduada em Oceanologia pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG, 2015), mestra em Sensoriamento Remoto pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS, 2018) e técnica em Geoprocessamento pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) do campus Rio Grande (2014). Atualmente, doutoranda em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e graduanda em licenciatura Geografia pela FURG. Sou integrante do grupo de pesquisa Gestão Marinha e Costeira Ecossistêmica (GMC-Eco) do Laboratório de Gerenciamento Costeiro (LABGERCO, FURG). Entre 2019 e 2021, exerci o cargo de professora substituta no curso técnico em Geoprocessamento do IFRS campus Rio Grande e há 7 anos atuo na área da Gestão com Base Ecossistêmica e Serviços Ecossistêmicos, por meio da aplicação de modelos ecossistêmicos, sobretudo em ambientes aquáticos costeiros, bem como em análises espaciais ao planejamento ambiental, com domínio em QGIS, ArcGIS, InVEST e Terrset, técnicas de sensoriamento remoto e processamento digital de imagens.

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