SMITH, KEYNES, HAYEK E A PRODUÇÃO DO ESPAÇO COMO FUNCIONALIDADE HISTÓRICA
DOI:
https://doi.org/10.12957/tamoios.2021.56935Resumo
Dentre as distintas funcionalidades do Estado ao modo de produção capitalista, sua instrumentalização no processo de produção do espaço tem revelado ao longo da história utilidade fundamental. Mesmo no período de ascensão do mainstream smithiano, onde defendeu-se o esvaziamento do ente suprassocial de algumas de suas funções históricas na economia e na sociedade, a construção das infraestruturas necessárias aos investimentos da classe burguesa sempre foi mantida como função primordial do Estado. No período keynesiano essa funcionalidade assume ainda novas facetas, incrementando sobremodo a ação do Estado na produção do espaço. A partir da hegemonia do modelo neoliberal uma convergência de mediações passa a caracterizar a atuação do Estado para produzir o espaço, elevando essa função estatal à níveis de instrumentalização inéditos. Dessa forma, a produção do espaço é compreendida como funcionalidade histórica contínua e fundamental do Estado ao capital, reiteradamente ampliada de acordo com as demandas do modo de produção.
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