Colecistite aguda: diagnóstico e tratamento
Resumo
A colecistite ainda é uma das doenças mais frequentes nas emergências em todo o mundo. A obstrução do ducto biliar por um cálculo, em 90% dos casos, leva à inflamação aguda da vesícula na maioria dos casos. Surge uma cólica que logo se transforma em uma dor intensa no hipocôndrio direito, náuseas, vômitos e febre em 70% dos pacientes. A indicação cirúrgica ocorre em grande número de pacientes com colelitíase após um quadro de colecistite, pelo medo de um agravamento do quadro e pelo risco de conversão da colecistectomia do método videolaparoscópico para o método aberto.A ultrassonografia é o exame “ouro”, sendo a alteração mais sugestiva de colecistite aguda o espessamento da parede vesicular.A colecistite aguda continua sendo uma doença com a qual o cirurgião se depara frequentemente. A cirurgia videolaparoscópica veio mudar o manuseio e evolução dos pacientes tornando o pós-operatório mais curto e menos doloroso. A literatura médica tem levado alguns cirurgiões a retardarem a indicação cirúrgica, entretanto novos trabalhos, inclusive com análise de medicina baseada em evidências, têm demonstrado que a intervenção na primeira semana do início do quadro é a melhor conduta.As complicações, a dor pós-operatória, o tempo cirúrgico, a lesão de via bilar, entre outros itens analisados foram semelhantes, mas o tempo de internação foi menor no grupo operado precocemente. Levando-se em consideração a realidade brasileira, a indicação se impõe pela dificuldade de se conseguir leitos para cirurgias eletivas. Recomendamos, então, a cirurgia precoce nos casos de colecistite aguda.Downloads
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