Hepatite crônica C no paciente renal crônico

Autores

  • Renata de Mello Perez Professora Adjunta do Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Médica do Serviço de Gastroenterologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
  • Maria Lucia Gomes Ferraz Professora Adjunta da Disciplina de Gastroenterologia da Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo (EPM-UNIFESP).

Resumo

A hepatite C tem impacto na sobrevida de renais crônicos e transplantados renais e, sempre que possível, deve ser tratada antes da realização do TxR. Pacientes com replicação viral devem ser submetidos à biópsia hepática e, se preencherem critérios de indicação de tratamento, devem ser tratados com interferon em monoterapia (3MU, 3x/sem, por 12 meses). Pacientes sem evidências de replicação viral (HCV-RNA negativo) não têm indicação de biópsia hepática e podemser liberados para TxR. Idealmente, pacientescom anti-HCV positivo e HCV-RNA negativodevem ser submetidos a pelo menos mais umadeterminação do HCV-RNA, para afastarviremia intermitente e melhor caracterizarausência de replicação. O tratamento tambémestá indicado em pacientes com hepatite aguda C. Embora apresente pouca expressão clínica e níveis pouco elevados de ALT em portadores de IRC, a hepatite aguda C é importante pela sua alta taxa de cronificação. O diagnóstico é feito pela elevação dos níveis de ALT seguida pelo surgimento do anticorpo anti-HCV, associado à presença de viremia. Não é necessária a realização de biópsia hepática para confirmação deste diagnóstico, quando a soroconversão puder ser documentada. O tratamento se baseia no uso de IFN em monoterapia, por 6 a 12 meses.

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Publicado

2006-06-30

Edição

Seção

Artigos