Avaliação de fatores de risco para o espessamento médio-intimal da carótida em mulheres hipertensas
Resumo
O espessamento médio-intimal da carótida (EMI) é um preditor de doença cardiovascular, como tem sido previamente documentado. O objetivo desse estudo foi identificar parâmetros clínicos associados a um EMI aumentado em mulheres hipertensas. Foram incluídas pacientes do gênero feminino (n=116) com hipertensão essencial sob terapia medicamentosa, com idade entre 40 e 65 anos. Um ultrassom vascular foi realizado e os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com os valores da EMI da carótida (< ou >0,9mm). O grupo com maior EMI da carótida apresentou valores significativamente maiores de pressão arterial (PA) sistólica e pressão de pulso. Os níveis de HDL-colesterol foram significantemente menores e os de proteína C reativa (PCR) foram significativamente maiores no mesmo grupo. Houve uma correlação entre EMI da carótida e idade, PA sistólica, pressão de pulso e LDL-colesterol. A EMI da carótida também foi positivamente correlacionada com PCR (r=0,31; p=0,007) e negativamente correlacionada com HDL-colesterol (r=0,33; p=0,001). Na análise de regressão linear múltipla, somente HDL-colesterol, PCR e pressão de pulso foram variáveis associadas independentemente à EMI da carótida.Em conclusão, pressão de pulso, HDL-colesterol e PCR ultrassensível são variáveis correlacionadas a EMI da carótida em mulheres hipertensas.
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