Efeito do tratamento periodontal em pacientes com diabetes mellitus tipo 2

Autores/as

  • Maria Emília Felipe Programa de Doutorado em Periodontia. Faculdade de Odontologia. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Maria Chomyszyn-Gajeswska Periodontal Department. Dental School. Jagiellonian University. Cracóvia, Polônia
  • Ricardo Fischer Departamento de Procedimentos Clínicos Integrados. Faculdade de Odontologia. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.12957/rhupe.2013.8808

Resumen

A relação entre periodontite ou doença periodontal (DP) e o diabetes mellitus (DM) vem sendo investigada há algum tempo. Ambas doenças apresentam uma alta prevalência na população, fatores de risco similares e alterações na função neutrofílica. Podem também alterar a resposta imune sistêmica e causar, em algum grau, uma disfunção imunorregulatória. Embora haja uma susceptibilidade cruzada e uma relação bilateral entre elas, o mecanismo, isto é, como ocorre, ainda permanece obscuro. A inflamação crônica parece exercer um papel importante na patogênese do DM e da DP. A elevação na expressão das citocinas pelas células no tecido conjuntivo gengival na periodontite resulta no aumento nos níveis dos mediadores inflamatórios na circulação sanguínea, que podelevar a um efeito deletério sobre o metabolismo da glicose e dos lipídios e aumentar a desordem metabólica existente nos pacientes diabéticos. A terapia periodontal não cirúrgica parece diminuir de forma significativa a quantidade de citocinas inflamatórias sistemicamente e beneficiar o controle glicêmico em pacientes com diabetes mellitus do tipo 2 (DM2). Esta revisão avalia, a partir de estudos publicados na literatura, a relação que há entre o diabetes mellitus e a doença periodontal, bem como, o impacto do tratamento periodontal sobre o controle metabólico de pacientes diabéticos. Embora a associação entre DM e DP seja aceita como uma realidade, as implicações clínicas necessitam ser adequadamente investigadas. Um maior número de estudos clínicos intervencionais, randomizados, com amplas amostras e com longos períodos de acompanhamento são necessários para avaliar a influência da inflamação periodontal, bem como o efeito de seu tratamento sobre o controle metabólico de pacientes com DM2.

Biografía del autor/a

Maria Emília Felipe, Programa de Doutorado em Periodontia. Faculdade de Odontologia. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Programa de Doutorado em Periodontia. Faculdade de Odontologia. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Maria Chomyszyn-Gajeswska, Periodontal Department. Dental School. Jagiellonian University. Cracóvia, Polônia

Periodontal Department. Dental School. Jagiellonian University. Cracóvia, Polônia

Ricardo Fischer, Departamento de Procedimentos Clínicos Integrados. Faculdade de Odontologia. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Departamento de Procedimentos Clínicos Integrados. Faculdade de Odontologia. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.