Exercício físico e síndrome metabólica
DOI:
https://doi.org/10.12957/rhupe.2013.8715Resumo
A síndrome metabólica (SM) é caracterizada por um conjunto de fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e de diabetes mellitus tipo 2 (DM2), que se manifestam, em geral, mais concomitantemente do que isoladamente, e estão relacionados à obesidade (particularmente central), à elevações na pressão arterial, na glicemia e nos triglicerídeos e aos baixos níveis de HDL-colesterol. Nas últimas décadas, o número de pessoas acometidas por um ou mais dos fatores de risco para SM tem aumentado drasticamente, tornando essa síndrome um problema de saúde pública em escala mundial. O tratamento da SM pode ser feito através de diferentes terapias, envolvendo recursos medicamentosos e não medicamentosos. No caso da terapia não medicamentosa, o exercício físico tem sido apontado como um importante instrumento, por atuar direta ou indiretamente no combate a todos os fatores de risco que compõem a SM. Desta forma, a presente revisão aborda o papel da prática sistemática do exercício nos diferentes fatores de risco para SM. Inicialmente, são enfocados os efeitos do exercício na obesidade, destacando-se nesse contexto a obesidade central. Em seguida, são apresentados os efeitos do exercício sobre o LDL-, HDL-colesterol e triglicerídeos. Posteriormente, são tecidas considerações sobre a aplicação do exercício na hipertensão arterial, resistência à insulina e DM2. Por fim, o texto descreve os aspectos metodológicos que devem reger a prescrição de exercício aeróbio, de força muscular e de flexibilidade para indivíduos portadores de SM.
Descritores: Síndrome metabólica; Exercíciofísico; Obesidade; Dislipidemias; Hipertensão; Diabetes mellitus tipo 2.
Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2013;12(4):78-88
doi:10.12957/rhupe.2013.8715