Avaliação da maturação em crianças e jovens
DOI:
https://doi.org/10.12957/rhupe.2013.8711Resumo
A avaliação da maturação é um aspecto importante da prática desportiva por parte de crianças e adolescentes. Existem diferentes métodos de avaliação em crianças e adolescentes, cada um com pontos fortes e fracos. Nas primeiras duas décadas de vida, a criança e o adolescente vivenciam três processos interativos: crescimento, maturação e desenvolvimento. O primeiro processo refere-se ao tamanho e proporções físicas; o segundo refere-se ao aprimoramento das funções esquelética, reprodutora, somática, neuroendócrina e neuromuscular. O terceiro processo refere-se ao desenvolvimento cognitivo, emocional, social, motor e moral. O presente texto apresenta uma revisão dos métodos de avaliação da maturação de crianças e adolescentes, descrevendo as características principais das diferentes técnicas, vantagens e desvantagens de cada uma delas. A maturação dos diferentes órgãos e sistemas ocorre em diferentes ritmos e momentos, levando-nos a concluir que a avaliação do estado de maturidade biológica varia com o sistema corporal considerado. Sendo assim, a eficiência de uma determinada estratégia está diretamente associada a sua capacidade de identificar os diferentes estágios de maturação biológica. Os sistemas mais comumente utilizados para avaliação da maturação são os sistemas esquelético, reprodutivo (sexual) e somático. A maturação dental (erupção e calcificação) é ocasionalmente utilizada, mas tende a se comportar independentemente dos outros três sistemas. Do ponto de vista hormonal a maturação também sofre grande influência dessas substâncias e também deve ser considerada. A determinação da maturidade esquelética, através da identificação da idade óssea, parece constituir-se no método que reúne mais vantagens na determinação do estágio maturacional de jovens, mesmo durante o período peripuberal.
Descritores: Determinação da idade peloesqueleto; Determinação da idade pelos dentes; Crescimento e desenvolvimento; Saúde.
Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2013;12(4):38-46
doi:10.12957/rhupe.2013.8711