Ventilação mecânica na doença pulmonar obstrutiva crônica e na asma
DOI:
https://doi.org/10.12957/rhupe.2013.8492Resumen
As doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOCs) e a asma brônquica caracterizam‑se pela obstrução ao fluxo do ar nas vias aéreas, com consequente hiperinsuflação dinâmica.Quando não há resposta adequada à abordagem medicamentosa inicial torna-se necessária a assistência ventilatória mecânica. Sempre que possível lança-se mão de ventilação não invasiva (VNI), tendo como objetivo principal o repouso da musculatura inspiratória, ganhando-se tempo para a resposta ao tratamento dirigido à causa desencadeante. Para aqueles que não são candidatos à VNI, ou os que não melhoram após cerca de uma hora sob essa assistência, indica‑se a ventilação mecânica invasiva. Os métodos ventilatórios mais frequentemente utilizados na ventilação mecânica invasiva são a ventilação com volume controlado (VCV) e a ventilação com pressão controlada (PCV). Não há estudos de grande porte demonstrando superioridadede uma sobre a outra na ventilação de pacientes com DPOC ou asma brônquica. Seja qual for o método utilizado, deve-se evitar o agravamento e tentar minimizar a hiperinsuflação alveolar. Para tanto, deve-se utilizar volume corrente e frequência respiratória baixos, assim como tempo expiratório longo. O uso de pressão positiva expiratória final (PEEP) extrínseca equivalente a até 85% da PEEP intrínseca pode ser útil em alguns casos para reduzir a hiperinsuflação alveolar.
Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2013:12(2)88-93
doi: 10.12957/rhupe.2013.8492