Sedação, analgesia e bloqueio neuromuscular na unidade de terapia intensiva
DOI:
https://doi.org/10.12957/rhupe.2013.7537Resumo
Pacientes críticos invariavelmente estão ansiosos,agitados, confusos, desconfortáveis e/oucom dor. Neste contexto, analgésicos e sedativossão amplamente utilizados nas unidades deterapia intensiva (UTIs). Algumas vezes, emcasos mais específicos, o bloqueio neuromusculartambém é utilizado. A administração deagentes sedativos, analgésicos e bloqueadoresneuromusculares na UTI tem aspectos própriose, em muitos casos, seu uso se diferencia daqueleencontrado no ambiente cirúrgico. Na UTI, emdecorrência do pior estado clínico dos pacientese do prolongado tempo de tratamento necessário,alcançar adequada (mas não excessiva) sedação é um processo complexo. Analgésicose sedativos empregados no âmbito das UTIs sãoextremamente potentes e as necessidades e ometabolismo destas drogas em pacientes críticossão, muitas vezes, imprevisíveis. Embora osmédicos intensivistas saibam que o tratamentocom sedativos e analgésicos pode influenciar naevolução do quadro clínico de seus pacientes,ainda existem falhas no que concerne ao reconhecimentoe controle da dor e do estresse. Osmédicos devem ter consciência dos efeitos decada droga e devem empregar estratégias quemaximizem benefícios enquanto minimizamos riscos. Tanto o excesso de sedação quanto asedação insuficiente são danosos. Neste campo,importantes avanços têm sido alcançados atravésda titulação de medicações guiada por metas,evitando assim o excesso ou a insuficiência de efeitos. Visando a melhoria dos cuidados prestadosaos pacientes críticos, são apresentadosconceitos fundamentais sobre analgesia, sedaçãoe bloqueio neuromuscular na unidade de terapiaintensiva. O conceito de sedação paliativa, como intuito de reduzir a consciência, oferecer confortoe aliviar a angústia do paciente ou outros sintomas intoleráveis e/ou refratários, também é apresentado e discutido.
Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2013;12(3):102-109
doi:10.12957/rhupe.2013.7537