Ventilação mecânica não invasiva
DOI:
https://doi.org/10.12957/rhupe.2013.7535Resumo
Pacientes com insuficiência respiratória agudatêm sido tratados com intubação traqueal eventilação mecânica para correção da hipoxemia,hipoventilação e melhora do desconfortorespiratório. No entanto, a intubação traqueal éassociada a complicações e aumenta a necessidadedo uso de sedativos e tempo de internação. Aventilação não invasiva provê assistência ventilatóriasem necessidade de via aérea artificial, como uso de máscaras na interface paciente-ventilador.Seu uso tem aumentado na prática clínicanos últimos 20 anos assim como a disponibilidadede recursos tecnológicos para sua aplicação. Atualmente, ela é considerada primeira linha detratamento da insuficiência respiratória aguda. Similar à ventilação invasiva, a ventilação nãoinvasiva pode reduzir o trabalho da respiraçãoe a frequência respiratória, aumentar o volumecorrente, melhorar a troca gasosa, a dispneia,promover o repouso da musculatura respiratóriae conforto do paciente. Sua indicação é bemestabelecida na doença pulmonar obstrutivacrônica, edema pulmonar cardiogênico e empacientes imunossuprimidos. Outras aplicaçõesclínicas devem ser cuidadosamente avaliadaspara que o atraso na intubação não aumente amortalidade nesses pacientes. Alguns protocolosestão disponíveis na literatura, mas o julgamentoclínico e conhecimento dos recursos disponíveispela equipe bem treinada são fundamentaispara o sucesso da ventilação não invasiva. Damesma forma, a escolha correta da interface, domodo ventilatório e a monitorização disponívelna unidade de terapia intensiva otimizam oconforto e a interação paciente-ventilador commelhores resultados clínicos. Esse artigo temcomo objetivo revisar a literatura mais recentesobre as indicações clínicas e o uso da ventilaçãonão invasiva.
Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2013;12(3):92-101
doi:10.12957/rhupe.2013.7535