Apresentação

Autores

  • Sérgio Cunha Disciplina de Tratamento Intensivo. Departamento de Clínica Médica. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Luana F. Almeida Unidade Intensiva Clínica do Plantão Geral. Hospital Universitário Pedro Ernesto. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.12957/rhupe.2013.7472

Resumo

O surgimento das unidades intensivas na década de 60 do século 20 permitiu a concentração dos casos clínicos mais graves dos hospitais em uma mesma área. Isto permitiu uma melhor supervisão desses pacientes, condição indispensável diante da grande variação do quadro clínico nesses casos. Progressivamente essas unidades passaram a contar com equipamentos a cada ano mais sofisticados e complexos, visando melhor monitorização e assistência a esses pacientes. Esse fato e o grande avanço no conhecimento das múltiplas enfermidades que conduzem um indivíduo a essas unidades levaram à necessidade da formação de profissionais especializados na assistência ao paciente gravemente enfermo, em várias categorias profissionais. Fonoaudiólogos, enfermeiros, nutricionistas, médicos, fisioterapeutas, psicólogos e vários profissionais de apoio atuam em equipe para que esses pacientes possam desfrutar da melhor assistência possível. Todas essas categorias profissionais participam deste número da Revista HUPE, abordando temas centrais na área de terapia intensiva.

A assistência ao paciente crítico envolve grande responsabilidade e compromisso. Desta forma, a prática da assistência intensiva é dinâmica e a atuação dos profissionais envolvidos é definida por conhecimentos específicos e recursos tecnológicos disponíveis. Desenvolver competências nesta área é um diferencial e apresenta-se, desta maneira, como critério para a prática de profissionais de saúde, permitindo a promoção de uma atenção individualizada, especializada e de qualidade.

Esta publicação, em especial, reúne artigos nos quais são analisados com a devida profundidade tópicos que envolvem o paciente crítico, possibilitando uma melhor assistência e formação contínua de profissionais, entre outras, nessa área do saber. Buscamos retratar a prática intensiva baseada na experiência, na educação e no conhecimento obtidos pelos diversos profissionais, dentre eles docentes e gestores envolvidos e comprometidos com a assistência ao paciente crítico.

Temas frequentemente escolhidos para debate por alunos de graduação e residentes foram incluídos nesse número. Importantes protocolos de diagnóstico e conduta terapêutica aqui estão apresentados.

A sepse é um tema central sobre o qual escreveram alguns dos autores dessa revista. Critérios diagnósticos, protocolo de tratamento, aspectos da microcirculação e particularidades de micro-organismos frequentemente causadores desses quadros são alguns dos temas discutidos.

Certamente nenhum dos autores teve a pretensão de esgotar a discussão de qualquer dos temas, mas tão somente trazer algumas das informações mais recentes visando o estímulo ao estudo de cada questão levantada.

O que define a qualidade de uma unidade de terapia intensiva não é a qualidade dos equipamentos nela existentes, mas a qualidade dos profissionais que nela atuam e, acima de tudo, se trabalham verdadeiramente em equipe. As informações e conhecimentos de cada categoria profissional devem ser trocados diária e continuamente.

Esta publicação permitirá uma série de reflexões sobre o melhor preparo para lidarcom situações vivenciadas rotineiramente nas unidades de terapia intensiva. Não obstante, o conteúdo teórico presente neste número da Revista do HUPE permitirá a aquisição de uma gama de conhecimentos, com vistas à melhoria da qualidade da assistência e à segurança do paciente crítico.

 

Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2013;12(3):9-10

doi:10.12957/rhupe.2013.7472

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Publicado

2013-10-01

Edição

Seção

Apresentação