Estudo do efeito do exercício de vibração de corpo inteiro no pós-operatório de cirurgia cardíaca: proposição de um protocolo

Autores

  • Jussara R. Chaves Hospital Universitário. Universidade Federal do Maranhão. São Luis, MA, Brasil.
  • Daniel L. Borges Hospital Universitário. Universidade Federal do Maranhão. São Luis, MA, Luis, MA, Brasil.Brasil.
  • João Vyctor S. Fortes Hospital Universitário. Universidade Federal do Maranhão. São Luis, MA, Brasil.
  • Talik Fabrício S. Vale Hospital Universitário. Universidade Federal do Maranhão. São Luis, MA, Brasil.
  • Mayara Gabrielle B. Borges Hospital Universitário. Universidade Federal do Maranhão. São Luis, MA, Brasil.
  • Leandro M. Silva Hospital Universitário. Universidade Federal do Maranhão. São Luis, MA, Brasil.
  • Danúbia C. de Sá-Caputo Departamento de Biofísica e Biometria. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Mario Bernardo-Filho Departamento de Biofísica e Biometria. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.12957/rhupe.2018.39167

Resumo

Introdução: A cirurgia cardíaca é uma intervenção de grande

importância no tratamento de doenças cardiovasculares, as
quais contribuem para o aumento da morbimortalidade. A
vibração mecânica gerada por uma plataforma oscilante/
vibratória pode ser usada para exercícios de vibração no corpo
inteiro (EVCI), modalidade de exercício físico aqui proposta.

Objetivo: Apresentar protocolo para avaliação de efeitos do
EVCI em indivíduos no pós-operatório de cirurgia cardíaca.
Métodos: Indivíduos adultos, submetidos a cirurgia cardíaca,
que receberem alta da Unidade de Tratamento intensivo até
o quarto dia de pós-operatório, serão distribuídos randomicamente
em 2 grupos: grupo controle (GC), que receberá atendimento
fisioterapêutico convencional; e grupo Intervenção
(GI), que, além do atendimento convencional, será submetido
ao EVCI. Os pacientes do GI permanecerão com os joelhos
flexionados a 15° na plataforma osclante/vibratória alternada,
realizarão três séries de 1 min (por 1 min de repouso) a 5 Hz e 8
mm de deslocamento pico a pico, duas vezes ao dia. A cada dia,
as sessões serão modificadas, atingindo o máximo sete séries de
1 min e 9 Hz, no sétimo dia de pós-operatório. Serão avaliadas a
força muscular respiratória, função pulmonar, força muscular
periférica, capacidade funcional e sensação de dor através da
manovacuometria, espirometria, dinamometria, Time Up and
Go (TUG), Medida de Independência Funcional (MIF), Escala
Visual Analógica de Dor (EVA), POWERbreathe K5. Discussão:
Estudos recentes demonstraram efeitos benéficos com EVCI
em diferentes condições clínicas, que se apresenta como uma
promissora forma de intervenção durante a reabilitação no
pós-operatório de cirurgia cardíaca. Conclusão: A aplicação
desse protocolo de estudo poderá preencher as lacunas sobre
evidências que justificam um programa de reabilitação com
EVCI para o indivíduo submetido à cirurgia cardíaca.

Descritores: Exercício de vibração de corpo inteiro; Terapia por
exercício; Unidade de Terapia Intensiva. Cirurgia cardíaca.

 

Biografia do Autor

Jussara R. Chaves, Hospital Universitário. Universidade Federal do Maranhão. São Luis, MA, Brasil.

Hospital Universitário. Universidade Federal do Maranhão. São
Luis, MA, Brasil.

Daniel L. Borges, Hospital Universitário. Universidade Federal do Maranhão. São Luis, MA, Luis, MA, Brasil.Brasil.

Hospital Universitário. Universidade Federal do Maranhão. São
Luis, MA, Brasil.

João Vyctor S. Fortes, Hospital Universitário. Universidade Federal do Maranhão. São Luis, MA, Brasil.

Hospital Universitário. Universidade Federal do Maranhão. São
Luis, MA, Brasil.

Talik Fabrício S. Vale, Hospital Universitário. Universidade Federal do Maranhão. São Luis, MA, Brasil.

Hospital Universitário. Universidade Federal do Maranhão. São
Luis, MA, Brasil.

Mayara Gabrielle B. Borges, Hospital Universitário. Universidade Federal do Maranhão. São Luis, MA, Brasil.

Hospital Universitário. Universidade Federal do Maranhão. São
Luis, MA, Brasil.

Leandro M. Silva, Hospital Universitário. Universidade Federal do Maranhão. São Luis, MA, Brasil.

Hospital Universitário. Universidade Federal do Maranhão. São
Luis, MA, Brasil.

Danúbia C. de Sá-Caputo, Departamento de Biofísica e Biometria. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Departamento de Biofísica e Biometria. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Mario Bernardo-Filho, Departamento de Biofísica e Biometria. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Departamento de Biofísica e Biometria. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

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Publicado

2018-06-30

Edição

Seção

Artigos