Dor crônica, equilíbrio e quedas de idosos em Instituições de Longa Permanência

Autores

  • Angela P. Ghisleni Curso de Fisioterapia. Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
  • Gabriela C. Nascimento Curso de Fisioterapia. Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
  • Renato G. B. de Mello Serviço de Medicina Interna. Faculdade de Medicina. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
  • Vinícius M. Müller Curso de Fisioterapia. Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.12957/rhupe.2016.31609

Resumo

Introdução: Entre pessoas idosas, destacando-se as institucionalizadas, as quedas constituem um dos principais problemas clínicos e de saúde pública devido à sua alta incidência, às consequentes complicações para a saúde e aos altos custos assistenciais. Além disso, existe a realidade da alta prevalência de doenças osteomusculares com quadros álgicos importantes. Objetivo: Verificar se existe associação entre a presença de dor crônica de origem osteomuscular, deficit de equilíbrio e ocorrência de quedas no último ano em idosos institucionalizados. Materiais e métodos: A amostra de idosos residentes em três instituições filantrópicas na região metropolitana de Porto Alegre foi submetida à aplicação dos questionários Miniexame do Estado Mental, Escala de Equilíbrio de Berg, além de um formulário sobre o perfil sociodemográfico e clínico. Discussão e resultados: Foram avaliados 49 idosos, dentre eles, 83,7% mulheres, 44,9% viúvas, 46,9% com escolaridade menor do que oito anos, e 61,2% realizavam algum tipo de atividade física. A média do escore total de BERG no grupo com quedas foi similar a do grupo sem quedas e também o foi entre os grupos com dor e sem dor. Entretanto, houve diferença significativa entre aqueles com idade até 79 anos e os longevos. Conclusão: Não foi encontrada associação entre a presença de dor crônica de origem osteomuscular com o desequilíbrio e as quedas. Porém, a idade avançada demonstrou ser um fator determinante no equilíbrio.

Descritores: Envelhecimento; Institucionalização; Dor musculoesquelética; Equilíbrio postural.

Biografia do Autor

Angela P. Ghisleni, Curso de Fisioterapia. Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

Curso de Fisioterapia. Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

Gabriela C. Nascimento, Curso de Fisioterapia. Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

Curso de Fisioterapia. Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

Renato G. B. de Mello, Serviço de Medicina Interna. Faculdade de Medicina. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

Serviço de Medicina Interna. Faculdade de Medicina. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

Vinícius M. Müller, Curso de Fisioterapia. Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

Curso de Fisioterapia. Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

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Publicado

2017-12-08

Edição

Seção

Artigos