Expansão da atenção primária à saúde no município do Rio de Janeiro em 2010: o desafio do acesso e a completude das equipes de saúde da família
DOI:
https://doi.org/10.12957/rhupe.2016.29445Abstract
Introdução: A Atenção Básica (AB) é o primeiro nível de contato dos indivíduos, família e comunidade com sistema de saúde. No Brasil, desde 2006, este modelo é a Estratégia Saúde da Família (ESF), que busca reorientar o Sistema Único de Saúde. Esta mudança é parte da reforma da AB que ocorre no município do Rio de Janeiro (RJ), evidenciado a partir de 2008/2009 quando contava com 3,5% de cobertura e, após quatro anos, atinge 40% de cobertura pela ESF. Na expansão deste modelo observa-se que áreas que demandavam maior necessidade de saúde foram priorizadas, guardando uma relação com o princípio da equidade. Objetivo: Analisar a evolução e a completude da equipe de saúde da família por Área Programática (AP) no município do RJ e sua relação com a equidade e a justiça social. Métodos: Analisaram-se três categorias de equipe de saúde da família por AP: cadastradas, completas e as incompletas e compararam-se com suas respectivas AP. Resultados: Observa-se que as AP com índice de desenvolvimento social mais baixos foram priorizadas em relação à implantação de equipes de saúde da família, como as AP 3 e 5. Houve aumento de 24% do número de equipes de saúde da família e, em relação à estratégia de Agentes Comunitários da Saúde, aumento de 67%. Na distribuição por AP observou-se um número superior de equipes completas. Conclusão: Foi possível descrever a dimensão da expansão da ESF no município do RJ, que se encontra em consonância com o novo modelo de gestão e ocorre de forma equânime.
Descritores: Estratégia Saúde da Família; Atenção Primária à Saúde; Equidade em saúde.
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