Motivo de recusas em pesquisa: um estudo qualitativo no seguimento do Estudo Fragilidade em Idosos Brasileiros – FIBRA-RJ

Autores

  • Pricila C. C. Ribeiro Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade do Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG, Brasil
  • Maria Angélica Sanchez Laboratório de Pesquisa em Envelhecimento Humano, Faculdade de Ciências de Médicas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Débora M. Coelho Laboratório de Pesquisa em Envelhecimento Humano, Faculdade de Ciências de Médicas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Roberto A. Lourenço Laboratório de Pesquisa em Envelhecimento Humano, Faculdade de Ciências de Médicas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.12957/rhupe.2015.20065

Resumo

Introdução: Estudos epidemiológicos com a população que envelhece são fundamentais para auxílio nas políticas públicas de saúde na atualidade. O inadequado delineamento destas pesquisas com perdas amostrais e não representatividade da população-alvo implica em estimativas imprecisas dos desfechos de saúde estudados. Assim, pesquisadores demandam estratégias de captação de sua população de estudo que garantam o mínimo de recusas e perdas amostrais em seus estudos longitudinais. Objetivo: compreender os motivos de recusa entre idosos selecionados para a participação no estudo de seguimento da Fragilidade em Idosos Brasileiros-Rio de Janeiro. Método: A população de estudo foi composta de 67 indivíduos que por motivo de recusa não participaram da etapa de seguimento, estes correspondem a 7,9% da amostra da linha de base. Foi conduzida uma análise de conteúdo do tipo categorial temática para o tratamento do relato apresentado como motivo da recusa dos idosos ou de seus informantes. Resultados: Foram obtidas 53,7% de recusas por parte dos próprios idosos e 46,3% por parte do informante. Os núcleos figurativos obtidos para descrever os motivos de recusa mais frequentes entre os próprios idosos foram a falta de credibilidade e a desconfiança da pesquisa, e os mais frequentes entre seus informantes foram a falta de tempo, o cuidado médico vigente e a doença do idoso. Discussão: Estes resultados apontam que pesquisas em saúde do idoso devem se organizar para que as perdas de participantes não ocorram de forma sistemática em decorrência dos prejuízos da saúde neste grupo populacional. Além disto, a recusa por falta de credibilidade e a desconfiança em relação à pesquisa apontam na direção de que estudos na área da saúde precisam reduzir o distanciamento entre seus resultados de pesquisa e o cotidiano da população-alvo.

Descritores: Pesquisa qualitativa; Envelhecimento; Idoso.

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Publicado

2015-12-30

Edição

Seção

Artigos