Marcadores de aterosclerose subclínica no diabetes

Autores

  • Alessandra S. M. Matheus Serviço de Diabetes. Hospital Universitário Pedro Ernesto. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Cátia C. S. S. V. Palma Serviço de Diabetes. Hospital Universitário Pedro Ernesto. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Carlos Roberto M. de Andrade Júnior Serviço de Diabetes. Hospital Universitário Pedro Ernesto. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.12957/rhupe.2015.20059

Resumo

Este capítulo tem como objetivo avaliar as técnicas de detecção de aterosclerose subclínica para melhorar a estratificação do risco cardiovascular em pacientes diabéticos assintomáticos. A função endotelial, a reatividade microvascular, a medida da espessura íntima-média (EIM carotídea) e a medida da calcificação coronariana são alguns dos marcadores que já podem estar alterados mesmo em pacientes com diagnóstico recente de diabetes mellitus. Pelo fato de estarem presentes desde o início da lesão aterosclerótica, podem ser considerados marcadores precoces de aterosclerose subclínica. A estratificação do risco cardiovascular com esses marcadores precoces visam melhorar a capacidade de avaliarmos o “verdadeiro” risco. Os pacientes com maior risco podem se beneficiar de estratégias clínicas mais agressivas e mais precoces do que os pacientes com baixo risco. Algumas das técnicas que são utilizadas para detecção precoce de aterosclerose subclínica: fluxometria por laser Doppler, tonometria da artéria periférica (Endo-PAT), escore de cálcio (EC) e avaliação da espessura íntima-média (EIM) são descritas. Essas técnicas podem ser utilizadas para melhorar a avaliação do risco cardiovascular em pacientes assintomáticos. Quando utilizadas em conjunto com os escores clínicos já estabelecidos, como o de Framingham e/ou do UKPDS, aumentam ainda mais a acurácia da determinação do risco. Outras técnicas podem ser utilizadas, porém com alto custo e baixa reprodutibilidade. O rastreio precoce da doença aterosclerótica subclínica em pacientes assintomáticos assume relevante importância diante da morbimortalidade da doença cardiovascular e suas complicações em pacientes diabéticos. Apesar da extrema importância, não há ainda consenso nem protocolos estabelecidos sobre quais exames e técnicas devem ser preconizadas nestes pacientes.

Descritores: Risco; Doenças cardiovasculares; Aterosclerose; Diabetes mellitus.

 

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Publicado

2015-12-30

Edição

Seção

Artigos