Editorial
DOI:
https://doi.org/10.12957/rhupe.2015.19998Περίληψη
O processo normal de envelhecimento, assim como a presença de processos mórbidos diversos associados a ele, pode levar o organismo à incapacidade de responder, adequadamente, às demandas da vida diária. Entre idosos, é comum que um distúrbio funcional, com repercussões importantes nas atividades cotidianas, seja o primeiro sinal visível e, muitas vezes, ignorado como tal, da presença de processos mórbidos. Por outro lado, a recuperação e/ou a manutenção da qualidade de vida é, cada vez mais, um dos objetivos mais importantes na abordagem clínica de pacientes idosos portadores de incapacidades. Porém, a história,o exame físico e o diagnóstico diferencial tradicionais não são suficientes para um levantamento amplo das diversas funções físicas, psicológicas e sociais, necessárias à vida diária. Por esta razão, a prática clínica geriátrica deve proceder a uma ampla avaliação funcional em busca de perdas prováveis nestas áreas. No que tange a estas preocupações com a saúde do idoso, houve, na verdade, uma mudança radical no paradigma do cuidado, rompendo-se com a tradição da assistência orientada para a doença, em direção à abordagem orientada para a função. Desta forma, a avaliação geriátrica atual adota formatos especiais para a assistência ao idoso, que associa à abordagem clínica tradicional a avaliação de amplas
áreas de funcionamento do indivíduo, estabelecendo um corte através das categorias mórbidas e buscando delinear o perfil físico, cognitivo, emocional e social do idoso. A avaliação funcional geriátrica, realizada através deste modelo de intervenção, necessita de instrumentos
específicos que, usados em ambientes distintos, hospitalares ou extra-hospitalares, permitem detectar incapacidades, avaliar o progresso do paciente, planejar cuidados prolongados e avaliar gravidade de doença.
Este modelo de cuidado, embora proposto há mais de meio século, e amplamente aplicado em países afluentes, não é uma realidade para todos os idosos que se beneficiariam dele e que procuram serviços de saúde no Brasil, sejam públicos ou privados. Neste fascículo da Revista, Marques e colaboradores apresentam uma experiência de avaliação geriátrica funcional de idosos participantes de um grupo de convivência
do Centro de Referência ao Idoso de Juazeiro do Norte, município do Ceará, Brasil. Foram aplicados a triagem funcional e um questionário para identificação dos fatores sociodemográficos, autopercepção de saúde
e aspectos da assistência à saúde. Embora seja uma experiência
restrita a uma unidade de saúde e envolvendo um número limitado de indivíduos, representa um dos muitos passos que deve ser dado no sentido de aplicar corretamente modelos de assistência à população idosa. Boa leitura!
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2015-12-30
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Editorial