Estimativa do peso fetal através da utilização da ultrassonografia

Autores

  • Alessandra L. C. Magalhães
  • Dailson D. S. Pereira
  • Nilson R. de Jesus
  • Alexandre J. B. Trajano

DOI:

https://doi.org/10.12957/rhupe.2014.12137

Resumo

Os riscos perinatais das alterações do crescimento fetal já estão bem estabelecidos; o peso ao nascer é, portanto, um importante parâmetro preditivo da morbidade e da mortalidade perinatal, e sua correta estimativa, uma importante ferramenta na boa prática obstétrica. Os erros na estimativa do peso fetal na ultrassonografia bidimensional (USG2D), mesmo em condições ideais, podem variar de 7 a 10 %, podendo chegar a 14%, o que aumenta o risco de insucesso nas situações extremas, tornando clara a necessidade de melhora na precisão da sua estimativa. Assim, este estudo tem por objetivo realizar uma revisão da literatura acerca da estimativa ultrassonográfica do peso fetal, na busca de métodos com melhor acurácia e que possam influenciar positivamente a prática clínica. Os erros na estimativa de peso fetal na USG2D, notadamente próximo ao termo, se devem, em parte, porque não é possível medir o compartimento muscular e o tecido celular subcutâneo com essa tecnologia, e as variações nestes compartimentos são responsáveis por 46% das alterações do peso ao nascer. Atualmente, há evidências de que a volumetria de membros fetais associada às medidas bidimensionais é o melhor preditor da estimativa de peso fetal, apresentando margem de erro de 6 a 7%. Vários estudos têm utilizado tais parâmetros, obtendo-se resultados mais fidedignos que com as fórmulas tradicionais utilizadas pela USG2D. No entanto, a literatura permanece controversa com relação ao tema, havendo trabalhos que questionem a superioridade do método. Considerando-se que, no acompanhamento de uma gestação, notadamente as de alto risco, a avaliação do peso fetal é um importante parâmetro avaliado, ressalta-se a relevância na busca de métodos com melhor acurácia, o que pode incluir a incorporação de medidas volumétricas.

Descritores: Peso fetal; Coxa/ultrassonografia; Braço/ultrassonografia.

 

Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13(3):40-47

doi: 10.12957/rhupe.2014.12137

Biografia do Autor

Alessandra L. C. Magalhães

Unidade Docente Assistencial de Obstetrícia. Hospital Universitário Pedro Ernesto. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Dailson D. S. Pereira

Unidade Docente Assistencial de Obstetrícia. Hospital Universitário Pedro Ernesto. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Nilson R. de Jesus

Disciplina de Obstetrícia. Departamento Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Alexandre J. B. Trajano

Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Medicina. Universidade Unigranrio. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

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Publicado

2014-07-29