Infecção pelo HTLV-1/2 em gestantes brasileiras

Autores

  • Danielle B. Sodré Barmpas Programa de Pós-graduação em Ciências Médicas. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Denise L. M. Monteiro Disciplina de Obstetrícia. Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO). Teresópolis, RJ, Brasil. Disciplina de Obstetrícia. Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Stella R. Taquette Disciplina de Medicina de Adolescentes. Departamento de Medicina Interna. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Alexandre J. B. Trajano Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Medicina. Universidade Unigranrio. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Roberta M. Raupp Programa de Pós-graduação em Informação e Comunicação em Saúde. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Fiocruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Fátima R. D. Miranda Disciplina de Obstetrícia. Departamento Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Nadia C. P. Rodrigues Disciplina de Epidemiologia e Bioestatística. Departamento de Tecnologias da Informação e Educação em Saúde. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.12957/rhupe.2014.12132

Resumo

HTLV-1/2 são retrovírus com três vias de transmissão: sexual, hematogênica e vertical (TV). Em áreas endêmicas, a TV tem o papel principal na cadeia de transmissão, principalmente pelo aleitamento materno. A infecção é perene e 90% dos pacientes são portadores assintomáticos, porém existe associação com uma gama de doenças inflamatórias, de dermatites inespecíficas até patologias graves e de prognóstico reservado, como a leucemia/linfoma de células T do adulto (LTA) e a mielopatia associada ao HTLV-1, ou paraparesia espástica tropical (MAH). Até hoje não existem formas de prevenção ou tratamento eficaz para a infecção por HTLV-1/2 nem para as doenças decorrentes da mesma. Os dados sobre a infecção por HTLV-1/2 em gestantes brasileiras ainda são escassos e isolados, pois a maioria dos artigos estuda doadores de sangue, a infecção não tem notificação compulsória e o rastreio não faz parte da rotina pré-natal preconizada pelo Ministério da Saúde. O objetivo deste trabalho é reunir o conhecimento disponível sobre o tema na literatura internacional. Ainda não há estudos publicados sobre a prevalência da infecção em nosso estado, mas o projeto “Estudo da prevalência e da transmissão vertical de HIV, HTLV e Sífilis em gestantes da Região Metropolitana do Rio de Janeiro”, de professores da UERJ com financiamento da FAPERJ, identificou prevalência de 0,66% em parturientes na região metropolitana do Rio de Janeiro. Com base neste resultado, foi proposta a inclusão do exame para o HTLV na rotina pré-natal do HUPE/UERJ.O melhor conhecimento sobre a prevalência de HTLV-1/2 em gestantes nas diferentes regiões brasileiras é fundamental para orientar a elaboração de políticas educacionais, sociais e de saúde pública que possam conscientizar a população sobre a doença e reduzir as taxas de transmissão vertical.

Descritores: HTLV; Doenças sexualmente transmissíveis; Prevalência; Gravidez; Transmissão vertical de doençainfecciosa.

 

Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13(3):80-87

doi: 10.12957/rhupe.2014.12132

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Publicado

2014-07-29