Câncer de mama na gravidez: Diagnóstico e Tratamento

Autores

  • Denise L. M. Monteiro Disciplina de Obstetrícia. Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO). Teresópolis, RJ, Brasil. Disciplina de Obstetrícia. Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Daniela C. S. Menezes Departamento Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Camila Lattanzi Nunes Iniciação Científica, FAPERJ. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Clara Alves Antunes Programa de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia. Hospital Universitário Pedro Ernesto. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Erica Motroni de Almeida Programa de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia. Hospital Universitário Pedro Ernesto. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Alexandre J. B. Trajano Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Medicina. Universidade Unigranrio. Rio de Janeiro, RJ, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.12957/rhupe.2014.12129

Resumo

O objetivo do estudo é avaliar o diagnóstico e a terapêutica do câncer de mama em gestantes, visto que a gravidez pode potencialmente gerar retardo na abordagem da doença e, consequentemente, pior prognóstico do que na mulher não gestante. Associa-se ainda o baixo índice de suspeição da doença neste período e relutância de médicos e pacientes em realizar testes radiográficos e procedimentos invasivos. O câncer de mama é a neoplasia maligna feminina mais frequente. Sua incidência na gestação é baixa, variando de 1:3000 a 1:10.000 gravidezes, apresentando-se geralmente em estágio avançado durante a gravidez. A condução do caso frequentemente gera dificuldades e angústia para a gestante, sua família e para os profissionais de saúde envolvidos, em função do dilema criado entre a terapia ideal para a mãe e o bem-estar do feto. O diagnóstico baseia-se no teste triplo que consiste em exame clínico, imagem e biópsia, visando avaliar a extensão da doença na mama e nos linfonodos, identificar múltiplos focos ou eventual tumor bilateral, bem como prevenir metástases sistêmicas e controlar localmente a doença. O adiamento da terapêutica, a fim de proteger o concepto, pode comprometer a saúde materna. A mastectomia radical modificada e a radical clássica podem ser utilizadas com segurança. Deve-se realizar o esvaziamento axilar, pois metástases são comumente encontradas na gravidez e o comprometimento linfonodal influencia na escolha da quimioterapia. Evidências sugerem segurança e eficácia do esquema 5-fluorouracil, doxorrubicina (ou epirrubicina) e ciclofosfamida durante o segundo e o terceiro trimestres da gestação. A radioterapia deve ser adiada, sempre que possível, para depois do parto. Este estudo visa ainda incentivar o exame das mamas durante o exame ginecológico de rotina e pré-natal, conscientizando paciente e equipe de saúde de sua importância no ciclo grávido-puerperal.

Descritores: Câncer de mama; Gravidez; Diagnóstico; Tratamento.

 

Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13(3):67-71

doi: 10.12957/rhupe.2014.12129

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Publicado

2014-07-29