UM DIÁLOGO COM ESPECTADORES: A PARÁBASE E O PRÓLOGO
DOI:
https://doi.org/10.12957/principia.2022.71547Palavras-chave:
Comédia, Parábase, PrólogoResumo
O drama cômico, desde Aristófanes, no século V, valia-se de momentos em que os atores dirigiam-se diretamente para a plateia, e com isso, havia uma quebra da ilusão dramática. Em Aristófanes, especificamente, tais momentos ocorriam na parábase, ao passo que na comédia romana, com Plauto e Terêncio, o prólogo era a ocasião em que o ator voltava-se mais detidamente para os espectadores. A rigor, nas parábases de Aristófanes, o coro fala e canta questões sobre a situação sociopolítica grega, fazendo, também, troça e crítica a figuras públicas, políticos e outros comediógrafos. De outra maneira, nos prólogos Plautinos, os atores expõem os motivos da peça, tentam captar a atenção dos espectadores e, em alguns momentos, informam questões artísticas acerca da composição da peça. Os prólogos de Terêncio trazem conflitos artísticos, nos quais, há assuntos sobre plágios, maneiras adequadas de composição, tradição e outros do mesmo caráter. A partir disso, nesse trabalho, pretende-se realizar análises da parábase de As rãs, de Aristófanes, bem como também dos prólogos das comédias: Os cativos, de Plauto, e O eunuco, de Terêncio. Objetiva-se, principalmente nas comédias romanas, realçar os traços que fornecem dados para a compreensão do teatro romano.
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