ADOLESCÊNCIA E CORPO: IDEAIS CONTEMPORÂNEOS?
KYSSIA MARCELLE CALHEIROS SANTOS é Mestre em Psicologia pelo Programa de Pós Graduação em Psicologia, da Universidade Federal de Alagoas (Bolsa CAPES).
SUSANE VASCONCELOS ZANOTTI é Doutora em Psicologia (UFRJ) pelo Pós-doutorado, no Laboratoire “Recherches en Psychopathologie clinique: champs et pratiques spécifiques” – Rennes 2. Professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia - Universidade Federal de Alagoas. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa CLINP(Clínica Psicanalítica)/UFRJ/CNPq.
Resumo: Este artigo busca refletir sobre o culto ao corpo como um ideal contemporâneo, através do modo como o adolescente lida atualmente com seu corpo, diante das transformações hormonais referentes à puberdade. Trata-se de um estudo teórico, de base psicanalítica, que utiliza a narrativa do livro Feios (Westerfeld, 2010) sobre o corpo adolescente, entre os limites da feiura e da perfeição, para relacionar os temas adolescência e culto ao corpo. Conclui-se que adolescência e corpo são ideais contemporâneos e, desta forma, muitos adolescentes tentam se sustentar enquanto o próprio ideal, refugiando-se no seu corpo.
Palavras-chave: adolescência; corpo; ideais; contemporaneidade.
ADOLESCENCE AND BODY: CONTEMPORARY IDEALS?
Abstract: This work reflects on body cult as a contemporary ideal on how the adolescent is dealing with the body nowadays, facing hormonal transformations related to puberty. This is a theoretical study based on psychoanalysis, which uses the narrative of the book Feios (Westerfeld, 2010) about adolescent body among the limits of ugliness and perfection to relate the themes adolescence and body cult. The conclusion is that adolescence and body are contemporary ideals and so, a lot of adolescents try to support themselves while their own ideal, hiding in their own body.
Keywords: adolescence; body; ideals; contemporaneity.
INTRODUÇÃO
Há momentos na vida de um sujeito em que o corpo está em constante desenvolvimento, como na puberdade. Este período se caracteriza por transformações corporais, as quais demarcam o início da adolescência (Calligaris, 2000; Ouvry, 2011). Neste momento, o sujeito estranha seu corpo, já que a imagem que ele tinha de si mesmo era a de um corpo infantil (Freud, 1905/2003). Como os adolescentes lidam com seus corpos, diante das mudanças hormonais ocasionadas pela puberdade, na cultura contemporânea demarcada pelo culto ao corpo?
O presente artigo trata de um estudo teórico fundamentado na teoria psicanalítica (Garcia-Roza, 1991; Loureiro, 2001) que utiliza a narrativa do livro Feios (Westerfeld, 2010) sobre o corpo adolescente, entre os limites da feiura e da perfeição, para relacionar os temas adolescência e culto ao corpo. Na referida obra, os adolescentes além de idealizarem as inúmeras promessas acerca do corpo perfeito, passam por uma operação plástica aos 16 anos e se tornam perfeitos. A discussão também se apóia em autores que abordam os temas adolescência, culto ao corpo e ideais contemporâneos.
Feios ou Perfeitos?
Westerfeld (2010) conta a história da adolescente Tally, a partir da transformação a ser vivenciada por ela ao completar 16 anos. Trata-se de uma travessia da feiura para a perfeição. Os adolescentes vivem em alojamentos da Vila Feia (local onde vivem os feios) e todos ao completarem essa idade têm como presente do Governo uma operação plástica. A partir da intervenção, esses sujeitos são transferidos para Nova Perfeição, lugar onde todos são perfeitos.
No dia do aniversário, o carro do Hospital, instituição responsável pela operação rumo à perfeição e também por tratamentos de longevidade, busca o adolescente que está em um alojamento da Vila Feia, para a tão sonhada transformação. No entanto, evidencia-se que enquanto a adolescente Tally aspira ansiosamente pela chegada do dia de seu aniversário, a adolescente Shay não considera a cirurgia e os perfeitos interessantes. Ao se conhecerem, Shay tenta convencer Tally a fugir para não ser presenteada com a cirurgia ao ressaltar que “esse joguinho foi desenvolvido para nos fazer sentir raiva de nós mesmos” (Westerfeld, 2010, p.47).
Uma das tentativas de convencimento de Tally a Shay apóia-se na constatação de que “quando se é perfeita, as pessoas prestam mais atenção” (Westerfeld, 2010, p. 95). Como ter um lugar nessa cultura na qual a atenção e reconhecimento são sempre almejados? Como não se ater a esses padrões de beleza e perfeição? Assim, no decorrer da narrativa acontecem muitas situações em torno da operação plástica com essas duas adolescentes e também com outras personagens.
A operação plástica consistia em uma troca de pele, na qual não há imperfeições; os ossos são substituídos por uma liga artificial, mais leve e resistente; na boca, os lábios se tornam cheios e volumosos; e os olhos, tornam-se grandes. Eis a perfeição que era garantida por uma instituição global, denominada Comissão da Perfeição, para que os perfeitos fossem todos mais ou menos iguais. Não havia sentido uns serem mais perfeitos que os outros.
Uma das justificativas do Governo para a realização da operação plástica dos adolescentes aos 16 anos é que, antes de a operação existir, muitas mulheres por se sentirem gordas, paravam de comer e ficavam anoréxicas. Como algumas estavam morrendo, o Governo determinou que todos deveriam fazer a operação, pois a partir do momento em que se tornassem perfeitos, eles não desenvolveriam esse sintoma.
Em determinado momento da história, descobre-se que a cirurgia não mudava apenas a aparência física das pessoas, mas também atuava sobre a personalidade. Fazia parte do processo cirúrgico a modelagem dos ossos e raspagem da pele, assim como a incidência de lesões cerebrais, que ocasionavam mudanças na maneira de pensar do sujeito. Esse era o preço a se pagar pela perfeição. No entanto, essa mudança cerebral não era conhecida pelas pessoas (nem feios, nem perfeitos), como parte da transformação. Com a mudança na personalidade, tinha-se o alcance de uma vida sem sofrimentos, sem más recordações. De repente, a partir da cirurgia, acontecia o encontro com a eterna felicidade.
Culto ao corpo
O livro Feios representa o ideal contemporâneo do corpo perfeito. A diferença é que nesse caso a perfeição é alcançada e consiste em uma política governamental direcionada aos adolescentes na idade de 16 anos. No entanto, a narrativa nos faz refletir sobre a operação plástica, uma das inúmeras intervenções corporais que atualmente são realizadas na busca pelo corpo idealizado e perfeito. Segundo Costa (2005), a cultura contemporânea é demarcada pela “corpolatria”, em que o corpo é concebido pelos sujeitos como ídolo e necessita ser investido, reparado e moldado. Também nessa perspectiva, Fernandes (2011) considera que na atualidade o corpo está em alta e que ele toma a frente da cena social. Tendo em vista essa idolatria ao corpo e o incentivo às intervenções corporais, o seguinte questionamento se faz importante: “como mudar o corpo e até que ponto?” (Novaes, 2007, p. 138). Será que esse limite é definido pelos sujeitos ou será que essas mudanças são ininterruptas, e os sujeitos sempre estão em busca do corpo idealizado?
Para Novaes (2010), não há dúvida de que o corpo está em cena e que ele é palco privilegiado de encenações. Para a autora, o corpo ultrapassa os limites do biológico e se torna personagem/ator social. Ou seja, há uma desnaturalização do corpo biológico em detrimento da busca pelos padrões corporais instituídos na contemporaneidade. Os corpos perfeitos do livro Feios demonstram essa transposição do biológico, são corpos que devem ser totalmente modificados para que os sujeitos pertençam à Nova Perfeição. Para viver na cultura perfeita, deve-se ter o corpo perfeito, e para isso, é necessária uma operação plástica, que modificará o corpo todo do adolescente.
Segundo Costa (2005), o cuidado de si é direcionado nos dias de hoje para a beleza e a boa forma. “Ser jovem, saudável, longevo e atento à forma física tornou-se regra científica que aprova ou condena outras aspirações à felicidade” (Costa, 2005, p. 190). A respeito do padrão de beleza, Novaes (2006) analisa que as insígnias da feiura, umas das mais penosas formas de exclusão social na contemporaneidade, são “(...) não ter o corpo e a estética aceitos socialmente, ou seja: ser jovem, ser magro e ser saudável” (Novaes, 2006, p. 24). Segundo essa autora há um fio tênue que separa a beleza da feiura, e é possível afirmar que este fio está interligado aos padrões de beleza que delimitam o que é belo e o que é feio.
Novaes (2007) afirma que na atualidade o combate diário é com a balança e com o espelho, é um combate com a própria imagem. “(...) o corpo é a própria roupa e, por isso mesmo, deve apresentar um caimento perfeito, mesmo que alguns retoques sejam necessários para a melhor otimização dos resultados” (Novaes, 2010, p. 407). Como as regras são formas para serem cumpridas, os sujeitos contemporâneos se relacionam pela otimização dos resultados tendo em vista a forma física idealizada, afinal segundo esta autora, “só é feio quem quer” (Novaes, 2007, p.144). Em retorno à narrativa supracitada, os adolescentes aguardavam ansiosamente o aniversário para se tornarem perfeitos e não mais feios. Os sujeitos contemporâneos para não se aproximarem da feiura, intervêm nos seus corpos.
Marcuzzo, Pich e Dittrich (2012) afirmam que se historicamente as mulheres se preocupavam com a beleza, hoje em dia, elas são responsáveis por ela. Ou seja, elas são responsáveis pelo corpo que tem e se este corresponde ou não aos aspectos idealizados.
É também importante ressaltar o incentivo à busca por esse ideal de beleza que é dado pela mídia, pelos meios de comunicação e discursos publicitários, em que se propagam as medidas e padrões estéticos da cultura atual (Zorzan & Chagas, 2011). Assim, a beleza e a idealização da perfeição corporal (dada pela eternização do corpo jovem) são contempladas através de intervenções que visam o sublime encontro com a felicidade e sucesso.
No entanto, ao contrário da narrativa Feios (Westerfeld, 2010) onde existiam mudanças na personalidade e as mágoas e tristezas eram deletadas, a felicidade do sujeito contemporâneo, ao se aproximar do corpo idealizado, é restrita e pouquíssimo duradoura. O ideal da beleza está comumente acompanhado de insatisfação, uma vez que a cada momento novos procedimentos são descobertos para se conseguir o corpo que mais se aproxima da perfeição. Com isso, aos corpos: “(...) novas imagens lhe são emprestadas num devir eterno e constante” (Novaes & Vilhena, 2011, p. 123). A cada dia se idealiza um novo corpo, uma nova imagem.
Nesse processo de busca por um corpo perfeito, um dos principais atores é o adolescente. Como se evidencia no livro, eles esperavam ansiosamente pela passagem da feiura à perfeição, que consistia na obtenção não só de um corpo perfeito como de uma vida perfeita. Porém, observa-se que além da implicação do sujeito adolescente na busca incessante por um corpo belo, há durante o momento da adolescência intensas transformações corporais decorrentes da puberdade. Se no livro Feios, as personagens esperavam pela transformação cirúrgica para obtenção de um corpo novo, como os adolescentes se relacionam com seus corpos, diante das mudanças hormonais ocasionadas pela puberdade, nesta época demarcada pelo culto ao corpo?
O adolescente e seu corpo
Na narrativa citada, as personagens centrais são adolescentes que anseiam pela mudança da feiura à perfeição que acontecerá em suas vidas aos 16 anos. Esta mudança está diretamente interligada à intervenção corporal que culminará em uma nova vida para as adolescentes. Se antes elas possuíam um corpo feio e fora do padrão de beleza, elas possuirão um corpo totalmente transformado e perfeito. É sabido que nesse momento da adolescência, os sujeitos também passam por mudanças corporais que implicam em transformações que repercutem nas suas vidas. Diferentemente da passagem que surgirá na vida das personagens, os adolescentes se deparam, ainda que numa cultura que idealiza o corpo, com um corpo estranho e desconhecido, e não com uma passagem para o mundo perfeito. Como então a presença do corpo caracteriza e está relacionada com esse momento da adolescência?
As mudanças hormonais decorrentes da puberdade que implicam em transformações corporais simbolizam a entrada do sujeito na adolescência (Calligaris, 2000). Nessa perspectiva, o psicanalista Ouvry (2011) afirma que “o corpo é, então, o primeiro elemento pelo qual se anuncia aquilo que faz a adolescência” (p. 220). Tendo em vista essa ideia, observa-se que há uma estreita relação entre adolescência e corpo. Freud (1905/2003) utiliza o termo puberdade para discutir e fazer considerações sobre esse momento de transformações corporais. Ele ressalta que o mais intenso dos processos da puberdade é o crescimento dos órgãos genitais externos, já que terminado o período de latência da infância que se caracterizava pela cessação desse crescimento, é alcançada a capacidade de reprodução. Nesse sentido, a puberdade provoca o encontro com o sexo, pois neste período se dá a maturação dos órgãos sexuais.
No prefácio do consagrado texto sobre adolescência “O despertar da primavera” de Wedekind, Lacan (1974/2003) afirma que esta é uma “história do que é, para os meninos adolescentes, fazer amor com as mocinhas, assinalando que eles não pensariam nisso sem o despertar dos sonhos” (Lacan, 1974/2003, p. 557). Este despertar está relacionado ao encontro com o sexo e remete o sujeito ao encontro de um objeto, de uma escolha. Em relação a este encontro, Alberti (2009) afirma que mesmo com a tão expandida educação sexual, há um real diante do qual o adolescente não encontra uma saída que culmine na fuga do próprio corpo. O adolescente não sabe o que fazer com o seu próprio corpo. Ao contrário do que é descrito no livro Feios, em que a personagem saberia o que iria acontecer com seu corpo aos 16 anos, os adolescentes diante da disparidade hormonal, desconhecem e estranham a sua própria imagem, o seu próprio corpo.
Com relação à importância do corpo próprio, Freud (1930/2010) o concebe como uma das três fontes do mal-estar que impedem o encontro do sujeito com uma felicidade permanente. Ele considera a existência desta fonte independente do momento da vida que o sujeito se encontre. Mas, na adolescência, o mal-estar relacionado ao corpo pode ser observado quando o sujeito não reconhece mais a sua imagem, já que ele detinha a imagem de um corpo infantil e agora possui um corpo novo, devido à ebulição hormonal. Em face dessas transformações são inúmeras as formas que o adolescente busca para se sustentar e para reconstituir a sua imagem corporal.
Lacadée (2010) contribui com essa discussão quando afirma que diante das transformações em sua vida, inclusive a transformação corporal, o adolescente “para salvar sua pele, faz pele nova” (Lacadée, 2010, p.4). Nesse sentido, é a partir do incentivo contemporâneo às intervenções corporais que ele se sustenta frente a tantas mudanças e angústia. Do mesmo modo, Frois, Moreira e Stengel (2011) consideram que diante da valorização contemporânea dos corpos-imagem ilusórios e da desestruturação da imagem corporal que o adolescente tinha de si, ele também se torna adepto do culto aos corpos-imagem. É em torno desse ideal corporal que o adolescente vai se estruturando: entre o corpo temido e desconhecido, e o corpo perfeito e idealizado. Nesse sentido, a contemplação e as intervenções corporais que são realizadas, podem ser consideradas, ao mesmo tempo, uma tentativa do sujeito adolescente lidar com a angústia diante do corpo novo e uma maneira de constituir o seu pertencimento nesta cultura.
Idealizações contemporâneas
Na cultura contemporânea, ao lado da busca do sujeito adolescente por um corpo perfeito, observa-se também que os próprios adultos almejam um retorno à adolescência. Desse modo, os adultos tentam alcançar um retorno, não apenas através de comportamentos, mas, principalmente, a partir de intervenções corporais na busca pelo rejuvenescimento. Sobre essa busca da eterna juventude, Novaes (2006) afirma que na contemporaneidade há o horror ao envelhecimento e para preservar a juventude e a boa aparência, os sujeitos tentam diversas práticas corporais. O corpo jovem é idealizado pelos adultos na medida em que nele ainda não há a evidência de rugas e de sinais de envelhecimento. É importante afirmar que as crianças também anseiam pela chegada desse momento até mesmo porque os próprios adultos com quem elas convivem idealizam a adolescência.
Braga et al. (2010) analisam a problemática da adolescência precoce, na qual crianças aos oito anos de idade não se comportam e não se consideram crianças. Na narrativa supracitada, a chegada aos 16 anos é idealizada, as crianças contam os dias para se tornarem perfeitos. A cultura ocidental também caracteriza essa precocidade, já que os próprios pais e as instituições não conseguem orientar e limitar os anseios infantis, face às exigências e idealizações culturais. Tendo em vista que há a idealização corporal e uma idealização da adolescência por parte dos adultos e das crianças, os adolescentes também estabelecem essa dupla idealização?
Garritano e Sadala (2010) ressaltam que diante da ausência de referências tradicionais que norteavam os sujeitos, o adolescente faz de seu corpo, o próprio ideal. Com relação à idealização da adolescência, Calligaris (2000) destaca que “o adolescente se torna um ideal para si mesmo” (p.73). Uma das referências que o adolescente possui na contemporaneidade é a própria idealização. Nesse sentido, a idealização da adolescência é constituída não só pelos adultos e crianças, mas também pelo próprio adolescente. E se no momento da puberdade, ele se angustia diante das transformações corporais, das exigências e padrões culturais, ele também se refugia e tenta se sustentar como sujeito de desejo na idealização do próprio corpo. Trata-se por fim, de um corpo temido, mas ao mesmo tempo, desejado.
Considerações finais
Com este estudo, foi possível abordar a adolescência como um momento que tem início a partir das transformações corporais e hormonais decorrentes da puberdade. Diante dessas transformações, o adolescente passa a não reconhecer o seu próprio corpo que até então era um corpo infantil. Com isso, muitos deles intervêm no próprio corpo na tentativa de se sustentar perante esse estranhamento e desconhecimento que o corpo novo lhe provoca. Uma das modalidades dessas intervenções, privilegiada neste trabalho a partir da narrativa Feios, foi a operação plástica, em que muitos adolescentes, diante da busca pelo corpo ideal, também são adeptos dessa prática. (embora os autores tenham falado um pouco sobre o tema no começo, não trouxeram dados que mostrem em que nível os adolescentes são adeptos da cirurgia. Sugiro trazer mais referências acerca disto, incluindo fontes que confirmem a informação)
Além dos adolescentes idealizarem o corpo, o corpo jovem e a adolescência são concebidos como ideais para muitos adultos e crianças. A referência que o adolescente tem na contemporaneidade diante da queda de ideais tradicionais que orientavam e sustentavam os sujeitos é a própria idealização. Dessa forma, o adolescente sendo o seu próprio ideal, refugia-se ao intervir em seu corpo.
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Westerfeld, S. (2010). Feios. Rio de Janeiro: Ed. Record.
Recebido em: 29/04/2013
Aceito em: 14/11/2013