Questões Contemporâneas

BREVE HISTÓRICO DAS RELAÇÕES HOMEM-AMBIENTE PRESENTES NA ENTOMOFAGIA E ENTOMOTERAPIA

CARLOS ALBERTO BATISTA SANTOS é Professor Assistente da Universidade do Estado da Bahia/UNEB, Campus III, Juazeiro/BA. Doutorando em Etnobiologia e Conservação da Natureza/UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco).  Coordena o Centro das Etnicidades Opará/UNEB e desenvolve projetos de pesquisa com Comunidades Quilombolas e Povos Indígenas.

ROBERTO REMÍGIO FLORÊNCIO é Professor Auxiliar do Instituto Federal de Educação Sertão de Pernambuco, Campus Ouricuri/PE. Mestrando em Educação, Cultura e Territórios Semiáridos pela Universidade do Estado da BahiaqUNEB. Atua na área de Educação, Linguística e Comunidades Tradicionais.


Resumo: A Etnoentomologia enfoca os estudos relacionados ao uso dos insetos por populações tradicionais. Entre esses usos, podemos citar a entomofogia e a entomoterapia, que se referem à ingestão de insetos como alimentos e à utilização destes como produtos farmacológicos, respectivamente. Esta prática remonta à antiguidade e permanece até os tempos atuais, através da transmissão oral. O conhecimento tradicional associado à conservação da diversidade são instrumentos utilizados em planos de gestão socioambiental, buscando promover a conservação dos recursos naturais, tendo como ponto de partida a forma como as populações percebem esses recursos, no ambiente em que vivem. Este texto apresenta uma breve revisão histórica do uso de insetos na alimentação e na medicina tradicional, objetivando contribuir para a valorização dos recursos naturais e do conhecimento tradicional local.

Palavras-chave: Etnozoologia. História. Cultura. Populações tradicionais.

BRIEF HISTORY OF HUMAN RELATIONS ENVIRONMENT AND PRESENT IN ENTOMOPHAGY ENTOMOTERAPIA

Abstract: The Etnoentomologia focuses on studies related to the use of insects by traditional populations, among these uses can cite the entomofogia and entomoterapia, which refer to insects as food intake and use of these products as pharmacological respectively. This practice dates back to antiquity and remains till today through oral transmission. Traditional knowledge associated with the conservation of diversity are instruments used in environmental management plans, seeking to promote conservation of natural resources, taking as its starting point the way people perceive these resources in their environment. This paper presents a brief historical review of the use of insects as food and in traditional medicine, aiming to contribute to the development of natural resources and traditional knowledge site.
Keywords: Ethnozoology. History. Culture. Traditional Population.

INTRODUÇÃO

A utilização de animais, de partes destes, ou de seus produtos, na alimentação ou como recurso medicinal é histórica. Estes saberes tradicionais são o enfoque das etnociências, mais precisamente da etnozoologia, que resulta do conhecimento tradicional acumulado e transmitido entre gerações, por meio da oralidade (ALVES; SILVA; NÓBREGA-ALVES 2008).

Diversos inventários das espécies animais utilizados na medicina popular por várias culturas têm sido realizados, a exemplo de Costa-Neto (2000 a, b), Costa-Neto; Pacheco (2005), Costa-Neto; Ramos-Elorduy; Pino (2006), Alves; Rosa (2006), Alves; Rosa (2007) Alves; Rosa; Santana (2007), Alves (2007), Santos; Lima (2009), Lima; Santos (2010), Alves; Barbosa; Santos; Souto; Barboza (2011), Alves; Souto (2011).

Relatos históricos da utilização dos animais por comunidades e povos tradicionais são relevantes culturalmente, pois esse registro documenta os conhecimentos tradicionais que são ecologicamente importantes por elencar as espécies mais usadas, o que é fundamental para elaboração de estratégias de conservação e manejo de ambientes naturais (ALVES, 2007).

Além disso, através da história, podemos entender como e porque ocorre essa utilização, condições fundamentais para compreender a manutenção desse traço cultural.

Diante disto este trabalho faz uma breve descrição histórica do uso de animais pelas comunidades e povos tradicionais com foco na Etnoentomofagia e Etnoentomoterapia, contribuindo para a valorização e conservação da riqueza biológica e cultura locais.

Aspectos históricos da Etnoentomofagia e Etnoentomoterapia

O uso de animais com finalidades medicinais constitui uma parte integrante da medicina tradicional brasileira tanto em áreas urbanas quanto rurais e o hábito de utilizar animais com propriedades medicinais tem passado de geração a geração ao longo dos séculos, sendo transmitido especialmente através da oralidade, Nos dias atuais, a zooterapia é uma prática frequente em diversas culturas, principalmente nas regiões onde a população local não possui acesso à medicina tradicional (ALVES et al., 2008).

Os estudos que tratam dos saberes tradicionais de forma geral retratam a forma como as populações tradicionais usam e se apropriam dos recursos naturais, seja através do manejo, das crenças, conhecimentos, percepções e comportamentos (MOURÃO; NORDI, 2006), esses estudos são objeto da Etnobiologia que delimita seu enfoque nos grupos étnicos.

Possey (1986) ressalta que é necessário o abandono dos conceitos etnocêntricos de superioridade frente ao saber local, a fim de que se possam registrar, com acuidade, os conceitos biológicos de outras culturas e, com isso, desenvolver ideias e hipóteses que enriqueçam nosso próprio conhecimento.

Como especificidade da Etnobiologia temos a etnozoologia que foca no que diz respeito ao conhecimento, classificação e utilização dos animais pelas comunidades e povos tradicionais (POSEY, 1986).

Uma forma dessa utilização largamente disseminada na atualidade é a entomofagia, fenômeno historicamente antigo e disseminado pelo mundo (DUFOUR, 1987; DWYER; MINNEGAL, 1991; CHEN, 1994; PEMBERTON, 1995; TURNER, 1996; LENKO; PAPAVERO, 1996; LATHAN, 1999).

Os primeiros registros históricos da entomofagia, assim denominado o uso alimentar de insetos, datam do Plio-Pleistoceno, quando os insetos desempenhavam papel significativo na dieta dos primeiros hominídeos, especialmente na subsistência das fêmeas e sua prole (SUTTON, 1990).

Sutton (1990) enfatiza os registros históricos da entomofagia nos escritos bíblicos, a exemplo do maná consumido pelos hebreus durante o êxodo que era constituído da secreção da cochonilha Trabutina mannipara.

Registros da cultura Asteca identificam, na sua alimentação, 91 espécies de insetos, que eram consumidos assados, fritos, em molhos, apenas fervidos ou como condimento de algum prato sendo que algumas espécies eram armazenadas secas, para utilização posterior. Com a chegada dos conquistadores espanhóis, ocorreu sobreposição cultural e muitos dos insetos utilizados como alimentos pelos Astecas, foram qualificados negativamente e então esquecidos e/ou depreciados (RAMOS-ELORDUY; PINO, 1996).

Apesar disso, a entomofagia permaneceu nos costumes das populações da República Mexicana, e se constituindo atualmente uma importante fonte de proteínas de origem animal (SAHAGÚN, 1980).

É comum, por exemplo, no México, a utilização de alguns tipos de percevejos como condimento, embora produzam compostos odoríferos desagradáveis ou repugnantes. Os percevejos são comercializados vivos, sendo consumidos torrados e moídos, às vezes são utilizados junto com pimenta para temperar alguns pratos.

Das centenas de milhares de espécies de insetos já registradas, pelo menos 1.417 são usados como alimentos, a exemplo dos tailandeses que transformam o louva-a-deus em uma pasta, cujo sabor lembra o do patê de camarão com cogumelos, na China acredita-se que o consumo de formigas tenha efeito rejuvenescedor (RAMOS-ELORDUY; PINO, 1996).

A cultura aborígine da tribo Anunta, na Austrália Central, representa seis grupos de insetos através de totens, as espécies por eles representadas são proibidos como alimento, alimentar-se de um desses insetos é a mesma coisa que comer os próprios ancestrais. O único membro que pode comer insetos totêmicos é o chefe de cada grupo (BERENBAUM, 1995).

Na América Latina, o uso de insetos também é comum entre os povos indígenas. Para os índios Tukano que habitam a Amazônia colombiana, formigas e soldados de cupins constituem o único alimento de origem animal, cuja dieta só é restrita em casos de doenças, ritos de iniciação de adolescentes e de meninas menstruadas (DUFOUR, 1987).

No Brasil o registro do uso de insetos como alimento tem sido relatado desde o início da colonização. Forattini (1964) refere-se a José de Anchieta que em suas cartas, ressalta propriedades nutricionais do abdômen de iças e certas larvas que nascem entre as taquaras, que são redondos e longos, todo branco e com gordura de um dedo, que os índios comem assado e torrado e fazem um ensopado que em nada difere da carne de porco.

No século XVII, Piso (1957) também relata o uso de formigas nativas como alimentos. Costa-Neto; Ramos-Elorduy (2006), em trabalho de revisão bibliográfica listam 135 espécies de insetos comestíveis, divididos em 09 ordens e 26 famílias em 39 grupos indígenas e comunidades urbanas.

A cultura de comer insetos no Brasil tem origem indígena, os índios Suruí do Pará consomem larvas de besouros das espécies Pachymerus cardo, Caryobruchus sp.,  Rhynchophorum palmarum e  Rhina barbirostris (CARRERA, 1993).

De acordo com este autor, quatro insetos principais fazem parte da dieta do brasileiro: a tanajura (fêmea ova da das saúvas, formigas do gênero Atta), o bicho-da-taquara (larva da borboleta Morpheis smerintha); os bichos-das-palmeiras (larvas dos besouros Rhynchophorus palmarum e Rhina barbirostris) e o bicho-do-coco (larva do besouro Pachymerus nucleorum), estas espécies tem grande valor nutricional, a análise de larvas fritas de R. palmarum indicaram 54,3% de nitrogênio totais, 21,1% de lipídios e 12,7% de água.

Muitos habitantes da zona rural saboreiam abdomes ovados de tanajuras com arroz e feijão, substituindo a carne dos animais domésticos e silvestres pelo inseto (COSTA-NETO, 2000a).

Este relata na feira de Caruaru (PE), o comércio de tanajuras, sendo os principais clientes os proprietários de bares, que na época da revoada oferecem um cardápio onde elas aparecem como um tira-gosto para acompanhar a cachaça.

Outro aspecto é a presença da tanajura nas crenças populares, uma bastante difundida no Nordeste, onde se diz que comer tanajura no dia de Santa Luzia, em 13 de dezembro, faz bem para a visão (COSTA-NETO, 2000a).

O uso de insetos pelas populações humanas não está restrito apenas à alimentação, a utilização de insetos na medicina tradicional é uma prática comum.

A entomoterapia, a exemplo da entomofagia, é um traço cultural também transmitido através da oralidade. No período otomano antigo, acreditava-se que a ingestão de Pediculus sp limpava o trato urinário (LEV, 2003). Werner (1970) afirma que na região de Sierra Madre no México, coloca-se um piolho humano no olho para remover objetos estranhos.

No Brasil, os insetos têm sido usados ​com fins medicinais por sociedades indígenas e pelos descendentes de europeus colonizadores e escravos africanos nos últimos cinco séculos. Assim, a entomoterapia foi registrada no Brasil desde o período colonial (PISO, 1957).

No Norte do país pacientes com malária teriam a febre aliviada ao engolir uma moeda Chaucha (prata ou níquel) com um piolho na superfície (WEISS, 1947). Carrera (1993) também relata o uso de piolhos com finalidade médica contra a icterícia em doses de quatro a seis insetos engolidos inteiros.

Dentre os vinte e quatro anos de ocupação holandesa no Nordeste brasileiro, aproximadamente oito corresponderam ao governo de Maurício de Nassau (1637 a 1644), ali se encontrava Guilherme Piso, médico que veio ao Brasil chefiar a primeira missão científica realizada nas “terras do Novo Mundo”, um de seus colaboradores Jorge Marcgrave, também médico, teve grande destaque como naturalista (TAUNAY, 1948; ROCHA, 1960).

Os registros dessas expedições estão descritos nas obras “História naturalis Brasiliae” publicada em 1648, composta da “De Medicina Brasiliensi”, escrita por Piso e da “História rerum naturalium Brasiliae”, baseada nos textos de Marcgrave. Em 1658, Piso publica “De Indiae utriusque re naturali et medica”, onde se referia à fauna medicinal (TAUNAY, 1948). Essas obras por muito tempo representaram a única fonte sobre os animais e plantas do Brasil (TEIXEIRA, 1995).

Costa-Neto (2000b) registra 23 espécies animais utilizadas pela comunidade quilombola de Remanso, Iraquara Bahia, destes, 07 são insetos. Costa-Neto; Pacheco (2005) também registraram o uso de 27 espécies de insetos na zooterapia no povoado de Pedra Branca na Bahia.

Segundo Costa-Neto et al. (2006) a utilização de insetos como medicamentos no Brasil é uma prática comum, os autores registraram até então 82 espécies de insetos utilizados na medicina popular nordestina.

Alves (2007) lista 37 espécies de insetos utilizados na zooterapia no Brasil. Alves; Rosa (2006) listam seis espécies de insetos utilizados por pescadores do Maranhão e Paraíba. Alves; Rosa (2007) em um estudo comparativo listam entre vários animais 10 espécies de insetos utilizadas na zooterapia para o semiárido nordestino. Em outro trabalho Alves et al. (2007) listam 33 espécies de insetos medicinais usados na medicina tradicional.

Santos; Lima (2009) registrou a comercialização de cupins na feira livre de Paulo Afonso/BA para o tratamento de derrame. Lima; Santos; Lima (2010) listam 51 espécies animais utilizadas na zooterapia dos índios Pankararú em Pernambuco, destas 19 são insetos.

Alves et al (2011), listou várias espécies animais usadas na medicina popular pela Comunidade de Castanho/PB no semiárido nordestino, entre eles são listadas 6 espécies de insetos.

Pesquisas sobre o conhecimento etnozoológico que registram o uso de animais em comunidades tradicionais são importantes, principalmente devido ao atual cenário de perda desse conhecimento que está sendo vivenciado, pela destruição dos espaços naturais, pela extinção localizada de espécies e pelo processo de sobreposição do tecnicismo nas culturas locais.

Considerações finais

A Etnozoologia propõe a utilização de diversas metodologias para estudar os saberes e fazeres das comunidades e povos tradicionais, em relação ao uso dos animais, seja na alimentação, na zooterapia ou como elementos mágico-rituais. Entre essas metodologias estão a pesquisa etnográfica, a técnica da história oral, as entrevistas, o diagnóstico rápido participativo, a elaboração de mapas mentais e conceituais, metodologias essas oriundas das ciências sociais e usualmente utilizadas pelas ciências humanas.

A contribuição para o conhecimento oriundo da junção da História enquanto ciências humanas, e da Zoologia enquanto ciências biológicas fomentam uma discussão mais abrangente, que envolve não só a importância biológica das espécies utilizadas, mas também a importância cultural que essas mesmas espécies têm para as populações locais, a partir dai infere-se o quão importante é, como princípio básico da conservação da biodiversidade, garantir os processos biológicos que mantém os animais, através da manutenção dos ecossistemas, permitindo desse modo que as culturas locais possam e sejam mantidas, constatação irrefutável de que o homem coevoluiu em contato permanente com os recursos naturais.

 

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Recebido em: 02/04/2013

Aceito em: xx/xx/2012

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