A Nova Rota da Seda e as relações sino-indianas: o desafio do "colar de pérolas" | The New Silk Road and Sino-Indian relations: the “string of pearls” challenge
DOI:
https://doi.org/10.12957/rmi.2020.50594Palavras-chave:
, China, Nova Rota da Seda, Colar de pérolasResumo
A Belt and Road Initiative (BRI), também chamada de Nova Rota da Seda, representa uma importante etapa do projeto chinês de globalização e possui, portanto, evidentes implicações para os alinhamentos político-estratégicos globais e regionais. Assim, ao mesmo tempo em que produz oportunidades, também faz ascenderem contradições e rivalidades. Diante desse quadro, pretendemos analisar como a Nova Rota da Seda, em especial sua dimensão marítima no Oceano Índico, conformando o chamado colar de pérolas, afeta o padrão de relacionamento sino-indiano. Visando abordar essa complexa temática, o artigo está estruturado em três etapas. Na primeira seção, exporemos breve recapitulação das distintas dimensões de implementação da BRI. Na segunda parte, abordaremos os principais desafios concernentes à conformação do colar de pérolas. Por fim, analisaremos como o conjunto desses fatores impactam as relações sino-indianas.
Palavras-chave: China; Nova Rota da Seda; Colar de pérolas.
ABSTRACT
The Belt and Road Initiative (BRI), also called the New Silk Road, represents an important stage of the Chinese globalization project and therefore has clear implications for global and regional political-strategic alignments. Thus, while producing opportunities, it also raises contradictions and rivalries. In this scenario, we intend to analyze how the New Silk Road, especially its maritime dimension in the Indian Ocean, forming the so-called string of pearls, affects the Sino-Indian relationship pattern. The article is structured in three stages. In the first section, we will present a brief summary of the different dimensions of the Belt and Road Initiative. In the second part, we will discuss the main challenges concerning the string of pearls. Finally, we will analyze how these factors impact Sino-Indian relations.
Keywords: China; New Silk Road; String of pearls.
Recebido em 30 abr. 2020 | Aceito em 19 out. 2020.
Referências
Abid, M.; Ashfag, A. (2015). ‘CPEC: Challenges and Opportunities for Pakistan’. Pakistan Vision, 16 (2), pp.142-69.
Batista Jr., P. (2019). O Brasil não cabe no quintal de ninguém. São Paulo: LeYa.
Hanada, R. (2018). The Role of U.S.-Japan-Australia-India Cooperation, or the Quad. Washington: Center for Strategic & International Studies.
Hayton, B. (2014). The South China Sea: The Struggle for Power in Asia. New Haven: Yale University Press.
Islam, S.; Ailian, H.; Jie, Z. (2018). ‘Major Challenges and Remedies in Building the Bangladesh-China-India-Myanmar Economic Corridor’. China Quarterly of International Strategic Studies, 4 (4), pp.
Jinping, X. (2018). A governança da China II. Beijing: Editora de Línguas Estrangeiras.
Karim, M.; Islam, F. (2018). ‘Bangladesh–China–India–Myanmar (BCIM) Economic Corridor: Challenges and Prospects’. The Korean Journal of Defense Analysis, 30 (2), pp.283-302.
Morgan Stanley. (2018). Inside China’s plan to create a modern Silk Road, 14 de março. Disponível em: https://www.morganstanley.com/ideas/china-belt-and-road [Acesso em: 17 Julho 2020]
Narlikar, A. (2009). ‘Patriotismo peculiar ou cálculo estratégico? Explicando a estratégia de negociação da Índia em ascensão’. In: Hurrell, Andrew (Org.). Os Brics e a Ordem Global. Rio de Janeiro: Editora FGV, p. 101-124.
Nayak, P. (2018). ‘One Belt One Road: the India perspective’. In A. Garcia (ed.), China: BRI o el nuevo camino de la seda. Cidade do México: UNAM, pp.473-479.
Pautasso, D. (2019). ‘A Nova Rota da Seda e seus desafios securitários: os Estados Unidos e a contenção do eixo Sino-Russo’. Estudos Internacionais, 7, pp.85-100.
Pautasso, D.; Doria, G. (2017). ‘A China e as disputas no Mar do Sul: entrelaçamento entre as dimensões regional e global’. Revista de Estudos Internacionais, v. 8, pp.18-32.
Pautasso, D.; Scholz, F. (2013). ‘A Índia na estratégia de poder dos Estados Unidos para a Ásia’. Conjuntura Austral, 4, pp.35-54.
Pautasso, D.; Nogara, T. S.; Colório, A. G.; Wobeto, V. L. (2019).
‘O cerco multidimensional à Teerã e as relações sino-iranianas”. Tensões Mundiais, 15 (29), pp.165-182.
Pautasso, D.; Ungaretti, C. R. (2017). ‘A Nova Rota da Seda e a recriação do sistema sinocêntrico’. Estudos Internacionais, 4 (3), pp. 25-44.
Prakash, A. (2018). Asia Africa Growth Corridor Development Cooperation and Connectivity in the Indo-Pacific. Jacarta: Economic Research Institute for ASEAN and East Asia - Policy Brief.
Rahul, A. (2018). ‘O jogo pela hegemonia regional: a OBOR chinesa e a resposta estratégica indiana’. Austral: Revista Brasileira de Estratégia e Relações Internacionais, 7 (13), pp. 172-213.
Wijayasiri, J.; Senaratne, N. (2018). ‘China’s Belt and Road Initiative (BRI) and Sri Lanka’. In A. Garcia (ed), China: BRI o el nuevo camino de la seda. Cidade do México: UNAM, pp. 373-401.
Xavier, C. (2018). Bridging the Bay of Bengal: Toward a Stronger BIMSTEC. Nova Déli: Carnegie Endowment for International Peace.
Xinhua. (2019). China signs 197 B&R cooperation documents with 137 countries, 30 international organizations, 15 de novembro. Disponível em: http://www.xinhuanet.com/english/2019-11/15/c_138558369.htm [Acesso em: 17 Julho 2020]
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os Direitos Autorais dos artigos publicados na Revista Mural Internacional pertencem ao(s) seu(s) respectivo(s) autor(es), com os direitos de primeira publicação cedidos à Revista Mural Internacional, com o trabalho simultaneamente licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição, a qual permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Em virtude de aparecerem na Mural Internacional, o material criado por você pode ser distribuído, copiado e exibido por terceiros. O trabalho original deve ser citado e apresentar um link para o artigo disponível no site da revista em que foi publicado, de acordo com os termos da Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional adotado por esta Revista.
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.