“Eu não quero ficar no lugar das mulheres peladas, não!”: As causas das internações de mulheres no Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho (Goiânia, Goiás)

Autores

  • Railda Aparecida Barbosa Barreto
  • Tiago Cassoli

DOI:

https://doi.org/10.12957/mnemosine.2020.57662

Resumo

O presente artigo discute as formas de encaminhamento de mulheres ao Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho (Goiânia – GO). A pesquisa foi realizada a partir de oito prontuários psiquiátricos, produzidos entre as décadas de 1970 e 1990, e a análise ocorreu mediante a perspectiva histórico-genealógica de Michel Foucault. São os fragmentos de histórias que emergiram nesses documentos que tecem a escrita deste trabalho. E, por meio deles, evidenciamos que o Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho funcionou como um espaço de confinamento, silenciamento e moralização de mulheres que apresentavam comportamentos incompatíveis com os padrões socialmente impostos na época - elas não eram boas filhas, esposas, mães e donas de casa. Dado o valor atribuído à conduta moral das mulheres na construção de seus diagnósticos psiquiátricos, conclui-se que mais do que uma instituição de tratamento, o hospital psiquiátrico era um instrumento de normalização e controle da sociedade goiana.

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Publicado

2020-12-08

Como Citar

BARRETO, Railda Aparecida Barbosa; CASSOLI, Tiago. “Eu não quero ficar no lugar das mulheres peladas, não!”: As causas das internações de mulheres no Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho (Goiânia, Goiás). Mnemosine, Rio de Janeiro, v. 16, n. 2, 2020. DOI: 10.12957/mnemosine.2020.57662. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/mnemosine/article/view/57662. Acesso em: 11 maio. 2025.

Edição

Seção

Parte Geral - Artigos

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