heliana conde, a presença
DOI:
https://doi.org/10.12957/mnemosine.2024.88533Resumo
O texto homenageia Heliana Conde, no contexto do evento "Modulações Helianas", realizado em 26 de junho de 2024, na UERJ. Heliana nunca gostou de atalhos ou do brilho superficial dos certificados. Preferia o avesso, a surpresa, o imprevisto. Professora, pesquisadora, militante, botafoguense, Heliana era aliada da resistência, da estética da existência, nunca da filantropia ou da normalização. Sua tese, No rastro dos “cavalos do diabo”, revela o percurso da psicologia institucional no Brasil, costurando memórias, histórias orais e encontros improváveis. Com Foucault, Deleuze, e os argentinos exilados, reinventou o pensamento grupal, sempre em diálogo com a liberdade. Heliana é a presença escondida, um rastro que permanece. Não queria melhorar nada, mas atiçar, vagar, flutuar, espalhar-se – como quem sabe que é no insustentável que mora a potência.
Referências
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E todas as palavras ditas, redigidas em artigos, livros ou aulas de HELIANA CONDE, botafoguense nascida Heliana Conde de Barros Rodrigues...