A Vida não é mais alteridade (?): biotecnologias e sujeito psicológico

Autores

  • César Pessoa Pimentel

Palavras-chave:

subjetividade, biotecnologias, alteridade

Resumo

O artigo busca analisar as implicações das biociências e biotecnologias sobre a subjetividade. A questão que nos move é a colonização tecnológica da vida e da inscrição da subjetividade no registro genético. Sob a tensão da possibilidade da extinção da resistência do biológico ao domínio humano, encaminhamos uma discussão sobre o bio-poder contemporâneo diagnosticado pelo apagamento das fronteiras entre normal e patológico. Através de um exame do papel da medicina no governo de si, fazemos comparações entre as técnicas e finalidades envolvidas no cuidado com a saúde no âmbito moderno e contemporâneo. A conclusão principal é que a alteridade do biológico é deslocada, ao invés de dissolvida. Na modernidade ela esteve ligada às paixões, desejos e sexualidade incontrolável, enquanto agora, está relacionada ao caráter probabilístico dos diagnósticos genéticos, que envolvem sempre uma incerteza diante da qual se deve optar.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2006-12-30

Como Citar

PIMENTEL, César Pessoa. A Vida não é mais alteridade (?): biotecnologias e sujeito psicológico. Mnemosine, Rio de Janeiro, v. 2, n. 2, 2006. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/mnemosine/article/view/41415. Acesso em: 27 jul. 2025.

Edição

Seção

Artigos