A identidade fragmentada d’O amanuense Belmiro: contrastes com o romantismo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/matraga.2025.84780

Palavras-chave:

Intimismo, Romance de 1930, Romantismo, Identidade

Resumo

O artigo compara o romance O amanuense Belmiro, de Cyro dos Anjos, alinhado à estética intimista de 1930, com o ideário romântico do século XIX. Centrado especialmente na relação entre identidade e natureza, busca-se realizar, através de contrastes e aproximações, uma leitura sobre o papel da dissolução das utopias do Romantismo que estariam presentes, como trazemos enquanto hipótese, na obra literária abordada. Diferentemente das perspectivas totalitárias e idealistas de alguns filósofos e escritores românticos, como Hegel, Schelling e Goethe, as memórias de Belmiro Borba anunciam o papel da desilusão enquanto elemento- chave da relação entre indivíduo e sociedade. O foco maior do artigo, portanto, não é a análise do período de 1930, mas sim estudar a dissolução do ideário romântico presente em um romance intimista.

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Biografia do Autor

Gabriel Queiroz Guimarães Hernandes, Universidade de São Paulo (USP)

Doutor pelo Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada da Universidade de São Paulo, pesquisou sobre a configuração literária do corpo e da alma na literatura do final do sé- culo XIX. Licenciado, Bacharel e Mestre pela mesma universidade. Áreas de interesse englobam a literatura do século XIX, romantismo, naturalismo, teoria literária e literatura comparada.

Referências

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Publicado

2025-02-26

Como Citar

QUEIROZ GUIMARÃES HERNANDES, Gabriel. A identidade fragmentada d’O amanuense Belmiro: contrastes com o romantismo. Matraga - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ, Rio de Janeiro, v. 32, n. 64, p. 101–112, 2025. DOI: 10.12957/matraga.2025.84780. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/matraga/article/view/84780. Acesso em: 21 maio. 2025.

Edição

Seção

Estudos Literários