A identidade fragmentada d’O amanuense Belmiro: contrastes com o romantismo
DOI:
https://doi.org/10.12957/matraga.2025.84780Palavras-chave:
Intimismo, Romance de 1930, Romantismo, IdentidadeResumo
O artigo compara o romance O amanuense Belmiro, de Cyro dos Anjos, alinhado à estética intimista de 1930, com o ideário romântico do século XIX. Centrado especialmente na relação entre identidade e natureza, busca-se realizar, através de contrastes e aproximações, uma leitura sobre o papel da dissolução das utopias do Romantismo que estariam presentes, como trazemos enquanto hipótese, na obra literária abordada. Diferentemente das perspectivas totalitárias e idealistas de alguns filósofos e escritores românticos, como Hegel, Schelling e Goethe, as memórias de Belmiro Borba anunciam o papel da desilusão enquanto elemento- chave da relação entre indivíduo e sociedade. O foco maior do artigo, portanto, não é a análise do período de 1930, mas sim estudar a dissolução do ideário romântico presente em um romance intimista.
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