Jorge de Lima: itinerários da memória

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/matraga.2024.77380

Palavras-chave:

Jorge de Lima, Memória, Poesia

Resumo

Poesia neoparnasiana, modernista, surrealista, hermética, social, católica, são esses os paradigmas críticos atribuídos, de um modo geral, à criação poética de Jorge de Lima (1893-1953). A par de relevantes contribui­ções, procuramos, neste breve artigo, mostrar que, independentemente da multiplicidade de dicções, a fonte inesgotável de sua lírica é a memória. Em diferentes momentos líricos, o memorialismo preenche o espaço do poema, tornando-se, simultaneamente, metalinguagem, alusão, recurso intratextual e intertexto histórico. Matéria de poesia, enfim.

Biografia do Autor

Gilda Vilela Brandão, Universidade FEderal do Alagoas (UFAL)

É Professora aposentada de Língua e Literatura Francesas e de Literatura Brasileira da Univer­sidade Federal de Alagoas. Pós-graduação em Letras (Ufal). Publicações: “Paris no imaginário cultural e literário do Rio de Janeiro fin de siècle. Fronteira Z, n. 29, dez. 2022. p. 110-125. “José de Alencar e a crítica literária de seu tempo”. O Eixo e a roda. v. 30, n. 1. 2021. p. 83-101. “O efêmero e o fait-divers na crônica de João do Rio”. Aletria, v. 29, n. 2. 2019. p. 103-118. “Mário de Andrade e o surrealismo”. Landa, v. 4, n. 2. 2016. p. 53-69. “Graciliano Ramos e o sentimento de absurdo”. Diadorim. v. 13, jul. 2013. p. 100-122. “A angústia da repetição em Jorge de Lima”. In: Brandão, Gilda Vilela (org.) Jorge & Murilo. Maceió: Edufal, 2015. p. 57-90

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Publicado

2024-01-27

Como Citar

Brandão, G. V. (2024). Jorge de Lima: itinerários da memória. Matraga - Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Letras Da UERJ, 31(61), 179–192. https://doi.org/10.12957/matraga.2024.77380

Edição

Seção

Estudos Literários