Raça canibal: a deglutição da eugenia pelos estômagos literários
DOI:
https://doi.org/10.12957/matraga.2022.66322Palavras-chave:
Antropofagia, Eugenia, Miscigenação, Branqueamento.Resumo
Este artigo tem como propósito ensaiar uma leitura do movimento antropófago enquanto movimento cultural amplo e diversificado no final da década de 1920, que reflete em seu interior as disputas nacionais sobre a construção de uma “raça brasileira”. A partir da abolição da escravatura e do intenso fluxo imigratório da Europa no fim do século XIX, disputavam-se o valor e o papel de cada grupo a ser absorvido na composição demográfica, sobretudo no campo da eugenia, cujo auge se dá também na década de 1920. Por meio da análise de textos da Revista de Antropofagia e de sua expansão na imprensa literária, de orientações bastante heterogêneas, verificamos a presença tanto do debate eugenista quanto de seu léxico racialista, que forne- cem modelos de análise para a ideologia miscigenacionista no Brasil e sua relação com o racismo brasileiro.
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