Poesia e violência (O orvalho e a nódoa)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/matraga.2022.64233

Palavras-chave:

Poesia brasileira. Poesia e violência. Luiza Romão. Tatiana Pequeno. Miró da Muribeca.

Resumo

O debate em torno da violência é tão grande e antigo quanto a própria história dela. As perspectivas de en­tendimento desse fenômeno são múltiplas e mesmo antagônicas. Aqui, apresentaremos estudos de Xavier Crettiez, Octavio Ianni e Paulo Sérgio Pinheiro que, de modo complementar, nos fornecerão uma base segura para a compreensão de algumas das causas e efeitos dessa força mórbida que se expressa em variadíssimos graus e aspectos. Na sequência, veremos como, em dois poemas recentes (2019), “Fascismo self-service” de Luiza Romão e “Mulher do fim do mundo” de Tatiana Pequeno, a violência se manifesta sustentada em comportamentos hipócritas, covardes, autoritários, machistas, desumanos. Concluiremos, a partir do poema “Carla” (2002), de Miró da Muribeca, que a poesia brasileira está cada vez menos alienada (orvalho) e, portan­to, mais atenta às mazelas (nódoas) de nossa sociedade.

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Biografia do Autor

Wilbert Salgueiro, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

Professor Titular da Universidade Federal do Espírito Santo e Pesquisador bolsista de produtividade do CNPq, é líder do Grupo de Pesquisa “Poesia: suportes formais e sistemas de significação”, escreve no jornal “Rascunho” a coluna “Sob a pele das palavras”, com análise de poemas. Publicou, entre outros, poemas em Digitais (1990), O jogo, Micha e outros sonetos (2019, sonetos), além de ensaios críticos sobre prosa e poesia, como Poesia Brasileira: violência e testemunho, humor e resistência (2018) e A primazia do poema (2019).

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Publicado

2022-03-17

Como Citar

SALGUEIRO, Wilbert. Poesia e violência (O orvalho e a nódoa). Matraga - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ, Rio de Janeiro, v. 29, n. 55, p. 155–170, 2022. DOI: 10.12957/matraga.2022.64233. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/matraga/article/view/64233. Acesso em: 23 maio. 2025.

Edição

Seção

Estudos Literários