Implícitos codificados e a representação da mulher em textos verbo-visuais
DOI:
https://doi.org/10.12957/matraga.2020.46154Palavras-chave:
implícito codificado, representação da mulher, verbo-visualidadeResumo
A partir do pressuposto de que a leitura competente demanda habilidades relacionadas às bases sociodiscursivas de todo texto, este artigo analisa implícitos codificados relacionados à representação da mulher em textos verbo-visuais. Define-se implícito codificado como um dado obtido na relação entre texto e contexto tanto a partir de regularidades comportamentais dos interagentes envolvidos nas trocas comunicativas, quanto das constantes caracterizadoras dessas trocas, ambas confirmadas por discursos de representação. Os implícitos codificados dizem respeito a dados externos, semiotizados por meio de índices e categorizados de acordo com as quatro condições de enunciação: de identidade, de finalidade, de propósito e de dispositivo (CHARAUDEAU, 2007). Diferentemente dos dados internos, linguageiros em sua essência, os externos orientam como dizer (e como compreender), sempre em relação ao contrato comunicativo que se estabelece em cada troca. Na extremidade da leitura, essas regularidades inscritas convencionalmente nos textos operam como constantes interpretativas altamente codificadas. A investigação partirá da hipótese de que os implícitos codificados em textos verbo-visuais de grande circulação social podem não só testemunhar um modo de ser e parecer mulher, mas também promover sua perpetuação, ou sua refutação. A análise estará fundamentada, prioritariamente, pela Teoria Semiolinguística de Análise de Discurso, não sem contar com a interface da Sociologia e da Psicologia Social. O corpus selecionado abriga textos dos gêneros meme, tirinha e conto ilustrado.
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