Sintaxe e pragmática dos clíticos no português medieval

Autores

  • Maria José Carvalho Universidade de Coimbra

Palavras-chave:

clíticos, português arcaico, ênclise, próclise, sintaxe histórica.

Resumo

Em Português europeu contemporâneo, a posição habitual dos clíticos é, como é sabido, a ênclise, enquanto que no Português do Brasil e nas outras línguas românicas é a próclise, à semelhança, aliás, do que ocorria no português medieval. Uma vez que o fenômeno constitui um traço diferenciador do português europeu e do galego modernos face às demais línguas românicas (inclusive o espanhol) e à variedade americana do Português, iremos debruçar-nos sobre os aspectos mais importantes da sintaxe dos clíticos no português ao longo do período compreendido entre os séculos XIII e XVI, o chamado “período arcaico do Português”. O corpus que selecionamos é constituído por uma amostra de cerca de 150 documentos notariais originais (1289-1565), por nós transcritos, oriundos dos fundos do mosteiro cisterciense de Santa Maria de Alcobaça (Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo-Lisboa), um centro particularmente importante na cultura portuguesa medieval.

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Biografia do Autor

Maria José Carvalho, Universidade de Coimbra

Professora da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, membro do Instituto de Língua e Literatura Portuguesas D. Carolina Michaëlis de Vasconcelos. Concluiu o seu Doutoramento, em 2007, com o trabalho intitulado “Documentação medieval do mosteiro de Santa Maria de Alcobaça (sécs. XIII-XVI). Edição e estudo linguístico”. Tem-se interessado, nos últimos anos, 182 matraga, rio de janeiro, v.17, n.26, jan./jun. 2010 pela história do Português do Brasil, tendo publicado em 2005 o artigo “On the Origin of the Final Unstressed [i] in Brazilian and Other Varieties of Portuguese. New Evidence in an Enduring Debate.

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Publicado

2010-06-19

Como Citar

CARVALHO, Maria José. Sintaxe e pragmática dos clíticos no português medieval. Matraga - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ, Rio de Janeiro, v. 17, n. 26, 2010. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/matraga/article/view/26327. Acesso em: 24 maio. 2025.