Poesia cou coupé
Palavras-chave:
Mallarmé, poesia moderna, poesia e história, poesia e religião.Resumo
O ensaio propõe uma leitura do poema “Hérodiade”, de Mallarmé, em especial do fragmento “Cantique de Saint-Jean”, no qual a figura da decapitação convive com uma ideia possível de “salvação” (salut), definida como um “brinde” (salut) mundano – ou um “coucou”, na saudação mais familiar e irreverente de Apollinaire –, isto é, um modo de pensar a “comunidade”. Tratase de evidenciar as limitações da tese do esvaziamento histórico do chamado “esteticismo”, mostrando como o famoso “cratilismo” de Mallarmé, da poesia como remuneração do “defeito das línguas” – essa espécie de religião do efeito – convive de modo conflituoso e produtivo com a atribuição ao poema da tarefa de reapropriação do sagrado, entendido como dispositivo de compreensão da coisa humana, em termos culturais e antropológicos – uma espécie de efeito de profanação.
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