Faz sentido ainda falar em perdão político?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/revmar.2024.83674

Palavras-chave:

Perdão político, Anistia, Reconciliação, Dano

Resumo

Faz sentido falar em perdão político no século XXI? Nós mantemos a ideia de que é possível reivindicar um sentido político do perdão que, nas últimas décadas na América Latina, tem sido eclipsado por leis de anistia que, ao nosso critério, constituem um abuso do perdão. A partir das reflexões sobre o perdão feitas por Hannah Arendt e Jacques Derrida, e aplicando postulados da teoria dos atos de fala de J.L. Austin e J. Searle, este artigo propõe-se a resgatar um sentido do perdão político que se diferencia substantivamente da anistia. Para tanto, são identificadas as condições procedimentais e contextuais que tornam possível a contribuição do perdão para um ato de verdadeira reconciliação política.

Biografia do Autor

Eva Hamammé, Universidad Diego Portales

Professora Titular da Universidad Diego Portales, Facultad de Ciencias Sociales e Historia, Escuela de Ciencia Política. Doutora em Filosofia, com menção em Ética, pela Universidad de Chile. Diretora e investigadora do Núcleo Lenguaje y Política, que fundou junto a destacados egressos da Escuela de Ciencia Política da Universidad Diego Portales.

Sebastián Peredo, Universidad Diego Portales

Doutorando em Filosofia pela Universidad Diego Portales e Leiden University. Mestre em Pensamento Contemporâneo: Filosofia e Pensamento Político pela Universidad Diego Portales. Co-fundador e investigador do Núcleo Lenguaje y Política da Escuela de Ciencias Políticas da Universidad Diego Portales. Bolsista ANID de Doutorado Nacional. Realiza atualmente estadia de investigação na Leiden University, no Centre for Continental Philosophy (LCCP).

Referências

ARENDT, Hannah. ¿Qué es la política? Barcelona: Paidós Ibérica, 1997.

ARENDT, Hannah. Eichmann en Jerusalén. Barcelona: Lumen, 2003.

ARENDT, Hannah. La condición humana. Buenos Aires: Paidós, 2009.

AUSTIN, John L. Cómo hacer cosas con palabras. Palabras y acciones. Buenos Aires: Paidós, 2003.

BRETT, S. El efecto Pinochet. Informe de Conferencia UDP 2008. Santiago: Universidad Diego Portales, 2009.

CANTON, S. Leyes de amnistía. In: REÁTEQUI, F. (Ed.). Justicia transicional. Manual para Latinoamérica. Brasília; Nova York: Comissão de Anistia do Ministério de Justiça do Brasil, 2011.

COROMINES, Joan. Breve Diccionario Etimológico de la Lengua Castellana. Madrid: Gredos, 1990.

DERRIDA, Jacques. Cierta posibilidad imposible de decir el acontecimiento. 1997. Disponível em: http://www.egs.edu/faculty/jacques-derrida/articles/cierta-posibilidad-imposible-dedecir-el-acontecimiento/.1997. Acesso em: [s. d.].

DERRIDA, Jacques. On Forgiveness. In: On Cosmopolitanism and Forgiveness. New York: Routledge, 2005.

GIANNINI, Humberto. Reconciliarse. Anales de la Universidad de Chile. Santiago: Universidad de Chile, 2011.

LEVI, Primo. Los hundidos y los salvados. Muchnick: Personalia, 1986.

MUÑOZ, Heraldo. La sombra del dictador. Santiago: Paidós Ibérica, 2009.

NORA, Pierre. Les lieux de mémoire. París: Gallimard, 1993.

ONFRAY, Michel. ¿Creéis útil juzgar a antiguos nazis casi centenarios? In: Antimanual de Filosofía. Madrid: EDAF, 2010.

PÁBON, S. José. Diccionario Manual Griego. España: Vox, 1997.

POPKIN, Margaret. La amnistía salvadoreña: una perspectiva comparativa ¿se puede enterrar el pasado? ECA: Estudios Centroamericanos, n. 53 (597-598), p. 643–656, 1998. DOI: https://doi.org/10.51378/eca.v53i597-598.6370.

RANCIÈRE, Jacques. El daño. In: NAVET, G.; RUIZ, C. (Comp.). Filosofía francesa de hoy. Santiago: Dolmen, 1996a.

RANCIÈRE, Jacques. El desacuerdo. Política y filosofia. Buenos Aires: Nueva Visión, 1996b.

RINCÓN, T.; COVELLI, T. R. Verdad, justicia y reparación: la justicia de la justicia transicional. Rosario: Universidad del Rosario, 2010.

ROBERTSON, Geoffrey. Crímenes contra la humanidad. Madrid: Siglo XXI, 2008.

SEARLE, John. Actos de habla: Ensayo de filosofía del linguaje. Madrid: Cátedra, 2001.

STRAWSON, P. F. Libertad y resentimiento, y otros ensayos. Barcelona: Paidós, 1995.

Downloads

Publicado

2024-05-17 — Atualizado em 2024-05-20

Versões

Como Citar

Eva Hamammé, & Sebastián Peredo. (2024). Faz sentido ainda falar em perdão político?. Revista Maracanan, 1(35), 348–362. https://doi.org/10.12957/revmar.2024.83674 (Original work published 17º de maio de 2024)

Edição

Seção

Traduções