Colonialidade, imperialidade e o direito internacional
Palavras-chave:
colonialismo, colonialidade, imperialismo, imperialidade, Direito InternacionalResumo
As condições de vulnerabilidade social e subalternização geradas pelo colonialismo e pelo imperialismo, perpetuadas na contemporaneidade pela colonialidade e pela imperialidade, permitem a violação de direitos humanos de pessoas que não têm acesso a seus direitos mais básicos e não possuem condições de controlar a sua situação de vida. A presente pesquisa busca contribuir com o seguimento dos estudos acerca da colonialidade e da imperialidade, fornecendo novos contornos, em específico a relação da colonialidade e da imperialidade com o Direito Internacional. Utilizou-se de uma abordagem dialética. Quanto à análise de objetivos, esta foi realizada de forma exploratória. Foram utilizadas como procedimentos as ferramentas bibliográfica e documental.
Referências
AGNEW, John; KNOW, Paul; MCCARTHY, Linda.
(2014). The geography of the world economy. 6. ed. New Work: Routledge .
ANGHIE, Antony.
(2005). Imperialism, sovereignty and the making of international law. Cambridge University Press .
ARANGO, Rodolfo.
(junio 2017). Kant y el colonialismo. Hacia un cosmopolitanismo republicano. Con-textos kantianos. International journal of philosophy, 5, pp. 316-343.
BALLESTRIN, Luciana.
(2013). América Latina e o giro decolonial. Revista brasileira de ciência política, n. 11, p. 89-117 .
(2017). Modernidade/Colonialidade sem “Imperialidade”? O Elo Perdido do Giro Decolonial. Revista de Ciências Sociais. Rio de Janeiro, vol. 60, no 2, p. 505-540 .
BARRETO, J-M.
(2013). Imperialism and Decolonization as Scenarios of Human Rights History. In: BARRETO, J-M. Barreto (ed.). Human Rights from a Third-World Perspective: Critique, History and International Law. Newcastle: Cambridge Scholars Publishing.
(2016) Cerberus: Rethinking Grotius and the Westphalian System. In:
KOSKENNIEMI, M.; RECH, W.; JIMENEZ, M. (ed.). International Law and Empire: Historical Explorations. Oxford: Oxford University Press. p. 149-76.
BRAGATO, Fernanda Frizzo.
(2014). Para além do discurso eurocêntrico dos direitos humanos: contribuições da descolonialidade. Novos estudos jurídicos, v. 19, n. 1, p. 201-230.
BODIN, Jean.
(1962). The six bookes of commonweale. Trad. Richard Knolles. Cambridge: Cambridge Press ..
CAROU, Heriberto Cairo.
(2009). La colonialialidad y la imperialidad en el sistema-mundo. Viento sur: Por una izquierda alternativa, n. 100, p. 65-74 .
CÉSAIRE, Aimé.
(2010). Discurso sobre o colonialismo. trad. Cláudio Willer. São Paulo: Veneta .
COHAN, John Alan.
(2006). Sovereignty in a Postsovereign World. In: Florida Journal of International Law. vol. 18. p. 907-930 .
DAMASCENO, Gabriel Pedro Moreira.
(2020). Alteridade e reconhecimento à diferença: do caso atala riffo e crianças vs. Chile ao reconhecimento da união homoafetiva e da homofobia e transfobia no Brasil, In: VII Simpósio Internacional Desigualdades, Direitos e Políticas Públicas, 07. Anais... São Leopoldo: Casa Leiria . p. 2667-2668 .
DAMASCENO, Gabriel Pedro Dassoler.
(2023). Contornos de um cosmopolitismo intercultural: Contours of an intercultural cosmopolitanism. Revista Desenvolvimento Social, v. 29, n. 2, p. 162-188 .
DILGER, Gerhard; KRAWINKEL, Moritz.
(2017). Apresentação. In.: RUSSAU, Christian. Empresas alemãs no Brasil: o 7x1 na economia. São Paulo: Elefante .
DUSSEL, Enrique.
(1993). 1492 – O encobrimento do outro: a origem do mito da modernidade. Trad. Jaime A. Clasen. Petrópolis: Vozes.
(2005). Europa, Modernidade e Eurocentrismo. In.: A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO .
ESLAVA, Luis; OBREGÓN, Liliana; URUEÑA, René.
ESLAVA, Luís.
(2019) TWAIL Coordinates. Critical legal thinking. Disponível em <https://criticallegalthinking.com/2019/04/02/twail-coordinates>. Acesso em: 07 set. 2024.
ESCOBAR, Arturo.
(2004). Más allá del Tercer Mundo: Globalidad imperial, colonialidad global y movimientos sociales anti-globalización. Nómadas (Col), n. 20, p. 86-100 .
FANON, Frantz.
(1968). Os Condenados da Terra. trad. de José Laurênio de Melo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira .
(2008). Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA .
FERREIRA JUNIOR, Lier Pires.
(2004). Estado e soberania no contexto da globalização. In: Soberania: Antigos e Novos Paradigmas. Rio de Janeiro: Freitas Bastos .
FUKURAI, Hiroshi.
(2018). Fourth World Approaches to International Law (FWAIL) and Asia's Indigenous Struggles and Quests for Recognition under International Law. Asian Journal of Law and Society, v. 5, n. 1, p. 221-231 .
(2019). Original Nation Approaches to Inter-National Law (ONAIL): Decoupling of the Nation and the State and the Search for New Legal Orders. Ind. J. Global Legal Stud., v. 26, p. 199-261 .
FUKURAI, Hiroshi; KROOTH, Richard.
(2021). Original Nation Approaches to Inter-national Law: The Quest for the Rights of Indigenous Peoples and Nature in the Age of Anthropocene. Palgrave Macmillan .
GALINDO, George Rodrigo Bandeira.
(2015). Para que serve a história do direito internacional? Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 12, n. 1, p. 338-354 .
HARVEY, David.
(2005). O novo imperialismo. 2. ed. São Paulo: Edições Loyola .
IATAROLA, Antônio José.
(2007). Formação histórica do conceito de soberania. In: MIALHE, José Luís (org.). Direito das Relações Internacionais: Ensaios históricos e jurídicos. Campinas: Millennium .
KANT, Immanuel.
(1986). Idéia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita. Tradução Rodrigo Naves e Ricardo R. Terra. São Paulo: Brasiliense .
(2006). Para a paz perpétua. Bárbara Kristensen (trad.). Rianxo: Instituto Galego de Estudos de Segurança Internacional e da Paz .
KLEINGELD, Pauline.
(2014). Kant’s second thoughts on colonialism. In: Flikschuh, Katherine; YPI, Lea (eds.). Kant and colonialism. Historical and Critical perspectives. Oxford: OUP .
LOCKE, John.
(2019). Segundo tratado sobre o governo civil e outros escritos. Buenos Aires: Editora Vozes .
MEMMI, Albert.
(2021). Retrato do colonizado precedido de Retrato do colonizador. trad. Marcelo Jacques de Moraes. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira .
MIGNOLO, Walter D.
(2008). La opción descolonial. Letral, n. 1 . Disponível em: <http://revistaseug.ugr.es/index.php/letral/article/view/3555/3543>. Acesso em: 07 set. 2024.
(2010). Cosmopolitanism and the de-colonial option. Studies in Philosophy and Education, v. 29, n. 2, p. 111-127 .
(2011). The darker side of western modernity: Global futures, decolonial options. Duke University Press .
(2020) Histórias locais-projetos globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2020.
MONTESQUIEU.
(2000). O espírito das leis. Martins Fontes .
NASSER, Rabih Ali.
(2003). A OMC e os Países em Desenvolvimento. São Paulo: Aduaneiras . p. 17.
PAHUJA, Sundhya.
(2011). Decolonising international law: development, economic growth and the politics of universality. Cambridge University Press .
PEREIRA, Diego Marques Morlim.
(2015). A hegemonia britânica no Brasil do século XIX. Revista InterAção, v. 8, n. 8 .
QUIJANO, Aníbal; WALLERSTEIN, Immanuel.
(1992). ‘Americanity as a ‘Concept, or the Americas in the Modern World. International social science journal, v. 44, n. 4, p. 549-557 .
QUIJANO, Aníbal.
(2009). Colonialidade do poder e classificação social. In.: Epistemologias do Sul. SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (orgs.). São Paulo: Cortez, p.73-117.
RAMINA, Larissa.
(2018). Framing the concept of TWAIL: “Third World Approaches to International Law”. Rev. Just. Direito, v. 32, p. 5-26 .
SAID, Edward D.
(2011). Cultura e imperialismo. São Paulo: Companhia de Bolso .
SARTRE, Jean-Paul.
(1968). Prefácio. In: FANON, Frantz. Os Condenados da Terra. trad. de José Laurênio de Melo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira .
SLATER, David.
(2007). Imperial powers and democratic imaginations. Sociedad y economía, n. 12, p. 59-74 .
(2008). Re-pensando la geopolítica del conocimiento: reto a las violaciones imperiales. Tabula Rasa, n. 8, p. 335-358 .
(2014). Intervenciones y la geopolítica de lo imperial. Geopolítica (s), v. 5, n. 1, p. 35 .
SQUEFF, Tatiana Cardoso; DAMASCENO, Gabriel Pedro Moreira.
(2022a). Pressupostos para um Direito Internacional Descolonial: um manifesto.
(2022b) Direito Internacional Crítico. vol. 1. Belo Horizonte: Arraes .
SQUEFF, Tatiana Cardoso; DAMASCENO, Gabriel Pedro Dassoler.
(2023). A Importância da Inserção do Quarto Mundo nos Debates do Direito Internacional Descolonial. In.: SQUEFF, Tatiana Cardoso; DAMASCENO, Gabriel Pedro Dassoler. Direito Internacional Crítico. v. 2. Belo Horizonte: Arraes .
(2024a).Assumptions for a Decolonial International Law: A manifesto Supuestos para un derecho internacional decolonial: un manifiesto Hypotheses pour un droit international. Anuario Mexicano de Derecho Internacional, v. 24, p. 63-96 .
(2024b). Decolonizing international law: between demystifications and resignifications. Revista Brasileira de História & Ciências Sociais, v. 16, n. 32, p. 182-205 .
WALLERSTEIN, Immanuel.
(2001). Capitalismo histórico e civilização capitalista. Rio de Janeiro: Contraponto Editora .
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Gabriel Pedro Dassoler Damasceno

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Interseções - Revista de Estudos Interdisciplinares está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).