Cidades remontadas: enquadramentos do espaço urbano nas imagens de arquivo de No Intenso Agora (2017), de João Moreira Salles
DOI:
https://doi.org/10.12957/irei.2024.80316Palavras-chave:
espaço urbano, imagem de arquivo, documentárioResumo
Partindo da análise fílmica de No Intenso Agora, documentário ensaístico lançado em 2017 por João Moreira Salles, este artigo apresenta uma reflexão sobre a figuração do espaço urbano de cidades ao redor do mundo, em que ocorreram levantes no final da década de 1960 nas imagens de arquivo incorporadas ao filme. Com foco no enquadramento em imagens das localidades mobilizadas como chaves interpretativas para a construção de sua narrativa, identifica-se como o documentário (re)produz os espaços urbanos, considerando que as imagens cinematográficas engendram noções de espaço. Assim, categorias como paisagem, atmosfera afetiva e janela são problematizadas como conceitos históricos, atando um feixe de temporalidades que abrange passados e presentes históricos, pessoais, familiares e coletivos, associados a experiências de revoltas urbanas.
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