Guerreiro Ramos: epistemologia periférica, pensamento político brasileiro e revolução brasileira (1953-1964)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/irei.2023.79873

Palavras-chave:

Alberto Guerreiro Ramos, Pensamento Político, Nacionalismo

Resumo

O presente artigo propõe uma interpretação sobre a produção intelectual do sociólogo Alberto Guerreiro Ramos,  a partir da perspectiva da História do pensamento e da Teoria Política no Brasil. Analisando o desenvolvimento da concepção de nacionalismo em um dos períodos de maior produção e engajamento político de Guerreiro, pretendemos apresentar algumas de suas importantes contribuições para “o pensar” a política no Brasil em suas intercessões disciplinares com a Sociologia, a Economia e a História. Para tal, buscamos organizar seus principais artigos em ordem cronológica, possibilitando uma visão diacrônica e panorâmica do conceito. Inicialmente, o nacionalismo é mobilizado predominantemente sob uma chave epistemológica, preocupada com os condicionantes históricos e políticos impostos à produção intelectual em um contexto periférico. Posteriormente, sua abordagem se volta para o campo da Sociologia Política, passando pela defesa da pertinência do estudo da periferia e da produção teórica pretérita de pensadores brasileiros. Após a saída do ISEB, Guerreiro adota uma postura politicamente militante, que buscava subsídios teóricos na história para viabilizar uma concertação política que ele denominava “revolução nacionalista brasileira”.

Biografia do Autor

Pedro Marreca, Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro

Gerente de Pesquisa do Centro de Ensino e Pesquisa do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro

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Publicado

2024-07-10

Como Citar

Marreca, P. (2024). Guerreiro Ramos: epistemologia periférica, pensamento político brasileiro e revolução brasileira (1953-1964). Interseções: Revista De Estudos Interdisciplinares, 25(3). https://doi.org/10.12957/irei.2023.79873