Tédio e modernidade no Livro do desassossego, de Fernando Pessoa

Autores

  • Karen Adorno Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

DOI:

https://doi.org/10.12957/irei.2022.70836

Palavras-chave:

Fernando Pessoa, The Book of Disquiet, Modernity, Boredom

Resumo

Apoiada na afirmação do filósofo norueguês Lars Svendsen (2006 [1999]) de que o tédio é um “fenômeno vago e multiforme”, “típico da modernidade”, proponho, neste artigo, explorar a relação entre tédio e modernidade no Livro do Desassossego (2012 [1982]), de Fernando Pessoa. A narrativa se desdobra num conjunto de textos em prosa nos quais a subjetividade se torna a chave mestra da expressão do semi-heterônimo Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros da cidade de Lisboa. Podendo ser lida como uma criação moderna por excelência, cujo autor se tornou um dos percussores do Primeiro Modernismo em Portugal, o “conjunto de obras-fragmentos” nos permite entender o tédio como um sintoma da modernidade, resultante de uma perda de sentido do homem moderno.

Biografia do Autor

Karen Adorno, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Doutoranda em Estudos Literários na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)


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Publicado

2022-10-31

Como Citar

Adorno, K. (2022). Tédio e modernidade no Livro do desassossego, de Fernando Pessoa. Interseções: Revista De Estudos Interdisciplinares, 24(2). https://doi.org/10.12957/irei.2022.70836