Depois da esperança, a desilusão: transição democrática no rock do Brasil dos anos 1980
DOI:
https://doi.org/10.12957/irei.2022.70833Palavras-chave:
Democracia (representações), Atitudes sociais e políticas, Rock (Brasil)Resumo
A trilha sonora da redemocratização de 1985 partiu de roqueiros (bossa novistas e tropicalistas tinham musicado o otimismo dos anos JK e o choque pelo autoritarismo pós-1968). Uma análise de conteúdo do repertório de artistas como Cazuza, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso e Titãs capta e contrasta duas imagens sobre a transição democrática que predominam em cada metade da década: como esperança, no anseio de superar uma quadra autoritária; e desilusão, ligando a redemocratização a promessas descumpridas. Há variações notáveis, por exemplo, nas visões de patriotismo e ideologia, além de continuidades, como a recusa do autoritarismo, tão vocalizada por bandas punk como Garotos Podres, Inocentes e Ratos de Porão. Este artigo interpela interpretações sobre o rock dos anos 1980 e sobre a música popular brasileira (MPB) pré-AI-5. Tais imagens dos anos 1960 e as captadas nos anos 1980 permitem discutir percepções então correntes da democracia.
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