O tempo suspenso da revolta: a liminaridade na Batalha da Rua Muhammad Mahmoud em contexto da Revolução Egípcia de 2011
DOI:
https://doi.org/10.12957/irei.2022.70832Palavras-chave:
Liminaridade, Revolta popular, Primavera Árabe.Resumo
Recentemente completados, os 10 anos da chamada Primavera Árabe evocam anseios por mudança, frustrações, atos de bravura e tragédia. Em tempos de agitação social, interesses em conflitos e sonhos, por vezes irrealizáveis, ganham espaço em formato de confronto na cena pública. A própria temporalidade regular fica suspensa, dando margem para inversões, ainda que temporárias, da ordem social. A partir de uma articulação interdisciplinar entre o trabalho da historiadora Lucie Ryzova (2020) sobre a Batalha da Rua Muhammad Mahmoud, ocorrida no contexto da Revolução Egípcia de 2011, e as teses de Walter Benjamin sobre a história (2019a), com aportes da antropologia e da psicologia social, este artigo visa traçar caminhos possíveis para uma leitura crítica da ideia de liminaridade em tempos de revolta popular. Ao dialogar essas duas abordagens, identifica-se uma diferença significativa em formas de análise teórica de períodos de revolta, em particular a possibilidade da revolta como fim em si mesma ou como parte de um projeto maior de emancipação social.
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