A tragédia que a Copa legou ao Brasil – as Jornadas de Junho e a efervescente anticorrupção
DOI:
https://doi.org/10.12957/irei.2020.54488Palavras-chave:
Jornadas de Junho, Megaeventos no Brasil. Corrupção.Resumo
Este texto explora as conexões entre os megaeventos esportivos realizados no Brasil em 2014 e 2016, em particular a Copa das Confederações, de 2013, e os megaprotestos que ficaram conhecidos como Jornadas de Junho. As publicações produzidas logo após essas manifestações enfatizaram a participação de coletivos de esquerda, aqui tratados como insurgentes, e a multiplicidade de pautas. Investigações a posteriori, com as quais procuro dialogar, tendem a enfatizar a emergência de pautas conservadoras e antidemocráticas, aqui tratadas como intransigentes. Acompanho aqueles textos que enfatizam o discurso anticorrupção como o principal destaque das Jornadas de Junho, em torno do qual se produziu uma espécie de consenso improvável, porque aproximou e confundiu insurgentes e intransigentes. O objetivo principal é mostrar como a preparação para os megaeventos e, particularmente, as alianças entre dirigentes esportivos, grandes empreiteiras e políticos de diferentes matizes, incluindo-se Lula e Dilma, mobilizaram críticas generalizadas em relação à gestão do Estado. Uso o conceito de escala para mostrar como principiaram as manifestações de 2013, antes das Jornadas de Junho, e de como elas adquiriram e perderam tração. Um dos eventos centrais nesse processo, tanto de mudança de escala como de torção ideológica, foi a aparição acompanhada de vaias à presidente Dilma ao lado do então presidente da FIFA, Joseph Blatter, quando da abertura da Copa das Confederações.
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