A seleção natural como narrativa sobre o grande divisor, a biossemiótica e as etnografias das pessoas humanas e não-humanas

Autores

  • Gláucia Oliveira Silva Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.12957/irei.2020.54483

Palavras-chave:

Antropologia da Ciência. Etnografia Multiespécie. Biossemiótica.

Resumo

Proponho uma leitura do neodarwinismo a partir de trabalhos de cientistas que pesquisam sobre o efeito de mutações não aleatórias (também chamadas dirigidas, interpretativas ou epigenéticas) e sobre a biossemiótica de Kalevi Kull, sempre no intuito de evidenciar a existência de visões diferentes da hegemônica. Discuto as críticas formuladas por Tim Ingold à biologia contemporânea e sua alternativa às metáforas dos geneticistas, afirmando que as considero fiéis à teoria, que é o que deve ser criticado. Finalmente, aponto que há, em alguma medida, convergência entre alguns biólogos e antropólogos, na percepção dos seres vivos como “pessoas”, dotados de autoconsciência, e de uma Umwelt, tal como formulada por Jakob Uexküll. Sob a influência da crítica ao Grande Divisor, o perspectivismo e a etnografia multiespécie evidenciam, na antropologia, formas inéditas de lidar com os não humanos.

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Biografia do Autor

Gláucia Oliveira Silva, Universidade Federal Fluminense

Antropóloga, professora colaboradora do PPGMA da UERJ e professora visitante do PPGCS da UFRRJ.

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Publicado

2020-09-18

Como Citar

OLIVEIRA SILVA, Gláucia. A seleção natural como narrativa sobre o grande divisor, a biossemiótica e as etnografias das pessoas humanas e não-humanas. Interseções: Revista de Estudos Interdisciplinares, Rio de Janeiro, v. 22, n. 2, 2020. DOI: 10.12957/irei.2020.54483. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/intersecoes/article/view/54483. Acesso em: 23 maio. 2025.