A Luta pela Moradia Popular na Zona Portuária do Rio de Janeiro: ocupações, remoções, permanências e novos arranjos pós-Megaeventos Esportivos
DOI:
https://doi.org/10.12957/irei.2018.39043Palavras-chave:
Ciências Sociais. Interdisciplinar. Sociologia.Resumo
O artigo tem como proposta uma reflexão sobre os conflitos sociais em torno da produção do espaço urbano. Seu foco é a luta pela moradia, enquanto ações diretas dos movimentos sociais urbanos materializada nas ocupações para fins de moradia na zona portuária do Rio de Janeiro, removidas em decorrência da Operação Urbana Consorciada Porto Maravilha, dotada de forte legitimidade graças à recepção dos megaeventos esportivos, para os quais a cidade deveria se transformar em um cenário urbano renovado de grande atratividade e competitividade do capitalismo global. O efeito perverso desta prática materializa-se no processo de remoções das ocupações da antiga área portuária, objeto da presente reflexão, desarticulando um conjunto de territorializações geradas pelos movimentos sociais em luta por moradia neste espaço. Entende-se a questão da moradia como geradora de conflitos de interesses. Por um lado, a demanda latente pela permanência e melhoria das condições de habitação das classes populares na zona portuária, por outro, a atuação da Operação Porto Maravilha, pautada pelos interesses do grande capital na renovação e sofisticação da área portuária e na atração de novos moradores, a partir dos novos empreendimentos habitacionais. As ocupações ali existentes constituíam um sério obstáculo a tais intenções. O presente recorte busca avaliar os impactos socioespaciais desta prática de remoções de ocupações, no momento da implementação do Projeto Porto Maravilha, bem como, em momento posterior à realização dos Megaeventos Esportivos.
Palavras-chave: Ocupações. Rio de Janeiro. Porto Maravilha.
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