Percepções e afetos de policiais federais: interações com estudantes estrangeiros
DOI:
https://doi.org/10.12957/irei.2017.30399Resumo
Os contatos de estrangeiros com representantes do Estado que desempenham papéis decontrole da ordem social e repressão à sua infração frequentemente são marcados por umclima de desconfiança. No caso dos migrantes internacionais, a apresentação à PolíciaFederal, por qualquer motivo, representa um momento tenso em que paira o sentimentode se ter feito algo errado, mesmo quando isso não procede. Paralelamente, intelectuaisvoltados para o estudo de imigrantes no Brasil têm dado preferência a investigar os processosmigratórios na perspectiva dos que migram ou dos que os recebem, mas tendem a deixar delado os agentes estatais mediadores que definem a condição de regularidade e legalidade deestrangeiros no país. A referência a eles tende a carregar pressupostos e pré-conceitos, cujoponto de partida e chegada é o entendimento de que estrangeiros e agentes estatais estão emposição de confronto em grande parte das vezes. Diante disso, este trabalho pretende discutiretnograficamente o modo como alguns representantes da Delegacia de Migração da PolíciaFederal em João Pessoa (PB) percebem a si mesmos no desempenho de seu oficio policialno contato cotidiano com estrangeiros regulares na Paraíba, suas visões sobre a instituiçãoà qual pertencem e suas percepções de mundo no que tange ao contato com migrantesinternacionais. Os primeiros dados da pesquisa apontam para a sensibilidade de algunsmembros da Delegacia que superam as expectativas meramente burocráticas no desempenhodas funções profissionais cotidianas, revelando desejos e práticas de solidariedade ehospitalidade em relação a estrangeiros regulares no estado.
Palavras-chave: Polícia Federal. Estudantes internacionais. Migrações.
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