O narcisismo das pequenas diferenças (Tradução de The narcissism of minor differences)
DOI:
https://doi.org/10.12957/irei.2016.26570Resumo
Este ensaio explora as implicações teóricas do conceito freudiano de "narcisismo das pequenas diferenças": a ideia de que são exatamente as pequenas diferenças entre os povos que, sob qualquer outro aspecto, são iguais, que formam a base dos sentimentos de estranheza e hostilidade entre eles. Um estudo comparativo mostra que as pequenas diferenças subjazem a uma vasta gama de conflitos: de formas relativamente brandas do campanilismo a guerras civis sangrentas. As afirmações iniciais de Freud se relacionam com os insights de Darwin (que argumentou que a luta pela sobrevivência é mais árdua entre indivíduos e variedades da mesma espécie), Simmel, Durkheim, Lévi-Strauss, Dumont, Elias e Girard. De especial utilidade é a afirmação de Bourdieu em seu livro "A Distinção": "A identidade social está na diferença, e a diferença se afirma contra aquilo que é mais próximo, que representa a maior ameaça". Um esboço de uma teoria geral do poder e da violência deve incluir um exame do narcisismo das pequenas diferenças, em particular porque sua contrapartida – a hierarquia e as grandes diferenças – concorre para uma estabilidade relativa e para a paz.
Palavras-chave: Cultura. Pequenas diferenças. Violência.
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