Jornalistas, médiuns e mandingueiros: os baixos e falsos espiritismos na confecção partilhada de uma religiosidade
DOI:
https://doi.org/10.12957/irei.2015.20158Resumo
Pretende-se discutir determinadas relações entre “religiões de possessão” e a imprensa nacional no período republicano. Considerar-se-ão, primordialmente, as categorias de “falso” e “baixo espiritismo”, concentrando-se na maneira como elas vinham sendo registradas em alguns jornais, principalmente do Rio de Janeiro e de Salvador. Não se pode esquecer que tais categorias se localizavam no interior de um conjunto de relações de dependência particularmente imbricado. Nele, as definições do religioso e suas práticas adquiriam materialidade enquanto objeto de uma dura contenda. Ora luta, ora negociação, mas sempre um processo em duas mãos de que participavam vários agentes, simultaneamente. Melhor ainda, tais categorias parecem expressar as dificuldades enfrentadas por especialistas religiosos e leigos em definir um espaço legítimo, bem como um vocabulário comum, para se falar e fazer religião em condições concorrenciais e supostamente abertas. Circunstâncias essas possibilitadas, inicialmente, pela modificação da legislação nacional, através da constituição de 1891 e do código penal de 1890. Todavia, circunstâncias as quais não eram determinadas em seus conteúdos particulares pelo campo jurídico.
Palavras-chave: Baixo espiritismo. Imprensa. Concorrência religiosa.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Interseções - Revista de Estudos Interdisciplinares está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).