Sintonia fina dos poderes: sobas, degradados, aventureiros e o desejo da realeza lusa

Autores

  • Selma Alves Pantoja Professora Pesquisadora da Universidade de Brasília, no Programa de Pós-Graduação Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional. Professora Colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Ensino da História, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

DOI:

https://doi.org/10.12957/transversos.2022.66119

Palavras-chave:

Angola, contatos, controle, agências

Resumo

 

Resumo

Este artigo examina as relações entre a população da região da África Central Ocidental e a presença portuguesa, no período do comércio Atlântico de Escravos, considerando as nomenclaturas classificatórias que surgiram a partir desses contatos estabelecidos numa mutante relações de forças. Nesses vínculos, foram criadas categorias de poderosos efeitos hierárquicos, atribuídos a novos sujeitos sociais e que, de certa maneira, sobreviveram enquanto marcadores de desigualdade social até o século XXI.


Biografia do Autor

Selma Alves Pantoja, Professora Pesquisadora da Universidade de Brasília, no Programa de Pós-Graduação Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional. Professora Colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Ensino da História, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Graduada em História pela Universidade Federal Fluminense, mestre em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutora em Sociologia pela Universidade de São Paulo. Fez Pós-Doutorados na Howard University, 2001-2002 (EUA) e nas Universidades de Lisboa/Agostinho Neto 2007-2008 (Portugal-Angola), Universidade de Lisboa ISEG/CEsA, 2015, com bolsas CAPES. Atualmente é professora e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional. É aposentada como professora titular da Universidade de Brasília, onde lecionou História da África, de 1995-2018. Publicou livros e artigos com as seguintes temáticas: sociedades e culturas da época do comércio atlântico de escravos e as relações de gênero; formulação e problemas conceituais entre a História Atlântica e a História da África, com especial ênfase nos estudos da região da África Central Ocidental, Angola. Atualmente trabalha com temas relacionados a História e Literatura, as narrativas e as questões pós-coloniais; espaços urbanos africanos a partir dos recentes debates conceituais, como as teorias Sul da perspectiva das cidades africanas.

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Publicado

2022-06-05